O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, começou a fazer as primeiras indicações para diretorias do Banco Central, com a indicação de Gabriel Galípolo para a de política monetária na manhã desta segunda (8). Galípolo é o “número 2” do ministério e ocupa o cargo de secretário executivo.
Além de Galípolo, Haddad indicou também Ailton de Aquino Santos, servidor de carreira do Banco Central para a diretoria de fiscalização. As duas diretorias são de escolhas do governo na autoridade monetária e os nomes foram sugeridos pelo ministro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que autorizou as indicações.
“O Galípolo foi presidente de banco [Banco Fator], é conhecido dos economistas, trabalha comigo há muitos meses, é copartícipe e coautor de todas as políticas públicas que estão sendo endereçadas ao Congresso Nacional”, disse o ministro.
Haddad afirmou, ainda, que foi o próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que sugeriu a indicação de Galípolo ao cargo. “Eu tava no G20, na Índia, fomos almoçar juntos, e foi a primeira pessoa que mencionou a possiblidade do Galípolo ir para o BC no sentido de entrosar as equipes do Banco Central e da Fazenda”, ressaltou.
De acordo com o ministro, há um esforço para “permitir uma coordenação maior das políticas fiscal e monetária no sentido de integrar mais, de dar uma perspectiva uniforme para o país, um direcionamento único”.
Indicação de Galípolo tenta “buscar convergência”
A indicação de Galípolo à diretoria de política monetária ocorre em um momento de crise entre o governo e o Banco Central por conta da taxa de juros, que foi mantida em 13,75% na reunião da semana passada. Desde o começo do governo, Lula e demais integrantes do governo vêm criticando a atuação de Campos Neto, que já se explicou diversas vezes por não reduzir a Selic neste momento.
“Independentemente de eventuais divergências de timing, mas o fato é que estamos nos reunindo permanentemente com a equipe do Banco Central, e eu entendo que esse movimento vai fortalecer ainda mais a aproximação nessa direção, de buscar a convergência plena da política econômica para oferecer para o país as condições de crescer com inflação baixa”, salientou o ministro.
Com a indicação de Galípolo ao BC, Haddad anunciou Dario Durigan ao cargo de secretário-executivo do ministério. “Com tudo correndo bem na tramitação dos nomes dos diretores junto ao Senado Federal, o Dario assume a secretaria imediatamente após a posse do Gabriel Galípolo no Banco Central”, completou o ministro.
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