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A rede de lojas multi-produtos Havan está reformando e ampliando um barracão no bairro Boa Vista, onde a partir de 21 de outubro deve funcionar sua quarta loja em Curitiba. O investimento, de cerca de R$ 10 milhões, não encerra a expansão do grupo catarinense no Paraná. Até 2010, o plano é abrir mais uma ou duas unidades na capital paranaense. Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa também fazem parte dos objetivos da empresa.

O foco de atendimento com o novo negócio são os bairros ao norte da cidade e algumas cidades da Região Metropolitana, como Pinhais e Colombo. Para o professor do Centro Universitário Unifae, Marcos Kahtalian, a localização é estratégica porque está entre as duas vias de acesso à região norte da cidade. "A própria Rua da Cidadania, que fica em frente, é um forte atrativo, e ainda abriga um posto de saúde", diz. Pela atuação da empresa em seus outros três pontos, ele acredita que o raio de abrangência primária seja de 1,5 km, que equivale a uma população de mais de 100 mil pessoas. "Esperamos alcançar principalmente o público dos bairros Bacacheri, Boa Vista e de Colombo e Pinhais", diz o diretor da Havan, Edson Diegoli.

O professor Kahtalian destaca que o ponto forte não está na demografia, e sim na ausência de lojas de departamentos semelhantes. "O concorrente mais próximo é o grupo Wal-Mart." Além das lojas Big e Sam’s Club, o empreendimento de grande porte mais próximo é o Colombo Park Shopping, na Região Metropolitana de Curitiba. "O morador de um bairro não vai facilmente fazer compras em outro, a menos que não tenha opção", diz Diegoli. "Por isso o ponto é ainda mais estratégico."

O especialista na identificação de imóveis corporativos Eduardo Schulman vê o ponto como um ótimo complemento à atuação da Havan na cidade. "É uma estratégia interessante, que ainda permite novas aberturas."

Ao contrário da loja do Parolin, a nova unidade não vai ter uma réplica da Estátua da Liberdade, símbolo da Havan. "Colocamos apenas na primeira loja que abrimos em cada cidade", conta Diegoli. Segundo o diretor, o objetivo, ao associar o grupo ao cartão-postal de Nova Iorque, é expressar liberdade. "Queremos que as pessoas se sintam livres para comprar." Já a arquitetura das fachadas segue o modelo da Casa Branca, sede do governo norte-americano.

A nova loja será menor do que a principal, do Parolin, com 4 mil metros quadrados, mas mais moderna. "As outras têm teto branco e liso. Esta terá cores que identificam os departamentos." As outras duas lojas de Curitiba ficam no Boqueirão e no Barigüi.

Criada em 1986, em Brusque (SC), a Havan se tornou sinônimo de cama, mesa e banho, mas expandiu a linha de produtos para eletrodomésticos e vestuário, entre outros artigos. Hoje são 10 unidades no Paraná e em Santa Catarina. Com crescimento esperado de 30% este ano, a Havan deve encerrar 2006 com faturamento de R$ 300 milhões.

Em Curitiba, o grupo adquiriu um perfil popular, apesar de se declarar como ponto de vendas para todas as classes. "Nem sempre o que a rede busca é alcançado", diz o professor Marcos Kahtalian. Ele acredita que o modelo, sem foco específico, é perigoso. "Por outro lado, a rede assumiu uma boa posição entre as lojas que oferecem lista de casamento."

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