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São Paulo – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, negou ontem que a substituição do diretor de Política Econômica da instituição, Afonso Bevilaqua, seja o início de um processo de mudanças dos membros da diretoria do BC. "Não há esse fenômeno de gatilho no BC", afirmou, após ser questionado sobre se a saída de Bevilaqua poderia engatilhar uma série de substituições na diretoria da instituição.

Segundo ele, Bevilaqua é um dos diretores mais antigos do BC, onde ficou quase quatro anos, sendo também o que ficou por mais tempo na diretoria desde a implementação do regime de metas de inflação. "Portanto, sua saída é um processo absolutamente normal. Ele está no momento de procurar novos desafios profissionais e ficar mais tempo perto da família, que não mora em Brasília", explicou.

Meirelles voltou a dizer que, sob sua gestão, nove diretores já foram substituídos no Banco Central. "É um processo saudável e que mostra o dinamismo da instituição", observou, após participar de seminário do BC sobre Acesso ao Sistema Financeiro Nacional, realizado no auditório da Ordem dos Economistas do Brasil, em São Paulo.

O presidente do BC também negou que a diretoria de Assuntos Especiais da instituição será eliminada ou fundida com alguma outra diretoria. Segundo ele, por não ter funções executivas, a diretoria sempre foi usada para preenchimento transitório em que diretores que posteriormente assumiram outras diretorias passaram por períodos de estudos especiais.

"É o caso do diretor Alexandre Tombini, que ocupou essa diretoria durante um certo período antes de assumir a área econômica, e do próprio Afonso Bevilaqua, que a ocupou enquanto fazia processo de transição com o então diretor Ilan Goldfajn", disse.

Crescimento

Meirelles afirmou que o Brasil já começou este ano mostrando um crescimento muito forte da economia. "Os indicadores preliminares apontam que o crescimento do primeiro trimestre está ainda mais forte", afirmou. A expansão de 1,1% no quarto trimestre do ano passado em relação ao terceiro, se anualizada, atingiria uma média de 4,43%. "Esta é uma taxa muito saudável. E estamos no início de 2007 já vendo um crescimento próximo a 4,5%", comentou. Segundo ele, além de ser um porcentual elevado para o início do ano, ele está baseado em "fundamentos saudáveis".

O presidente do BC citou o crescimento do mercado de trabalho, da renda, da massa salarial e da oferta. "Esse último ponto é muito importante, até porque vimos crescimento dos investimentos", destacou.

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