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Foto: HC/Divulgação
Foto: HC/Divulgação| Foto:

O título de maior complexo hospitalar da América Latina parece não bastar para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Paulo (HCFMUSP). Em um movimento de vanguarda, o HC prepara para o próximo dia 10 de setembro o lançamento do que pretende ser o primeiro hub de inovação aberta ligado a um hospital público do país: o Distrito InovaHC, com o objetivo de gerar um ecossistema de inovação focado nas health techs.

A iniciativa é realizada em parceria com a Distrito, selecionada a partir de um chamamento público, e irá reunir startups, corporações, investidores e a universidade na busca por soluções que possam trazer benefícios à saúde dos pacientes e à sociedade, ao mesmo tempo em que sejam atraentes como negócio.

“A aceleradora integra o projeto InovaHC, baseado em quatro pilares, que vão da pesquisa à transformação dela em negócios. Ela vai receber os produtos incubados, mas que já são viáveis em termos de escala de venda para gerar um ecossistema com dois objetivos: valorizar as empresas e startups e resolver problemas relacionados à saúde pública por meio da tecnologia”, aponta Marco Bego, diretor de Inovação do HC. “A Distrito já faz essa busca de startups, e nós temos todo o know-how. Então, conseguimos unir duas forças importantes no projeto da aceleradora”, destaca.

Criar. Testar. Escalar 

Desta forma, o Distrito InovaHC funcionará como um espaço onde será possível criar, testar e escalar tecnologias e soluções de saúde a partir de problemas e demandas do próprio hospital ou de pesquisas realizadas internamente.

Para isso, a Distrito está selecionando entre 20 e 30 startups, que somarão cerca de 150 residentes, para atuar no setor das health techs. “É uma parceria muito profunda, na qual ajudamos o hospital, que se coloca como primeiro cliente, a resolver seus problemas por meio das startups e aceleramos as startups, que buscam o hospital para validar e implementar suas soluções”, resume Gustavo Araújo, cofundador da Distrito.

Além da área de 900 m² localizada dentro das instalações do HC e dedicada às atividades do hub, as startups também terão à disposição o chamado Hospital 4.0. Trata-se de um laboratório voltado a clínicas e hospitais externos que poderão visitar o hub e passar por um diagnóstico com o objetivo de identificar e entender as lacunas que precisam preencher e as tecnologias que podem adotar para isso.

“A ideia é que um hospital possa ir até lá, entender do que precisa e conhecer as tecnologias que poderemos oferecer para ele, e que foram validadas pelo HC. Ou seja, [neste processo,] o Hospital de Clínicas passa a assumir junto com a Distrito o papel de protagonista e de validador das tecnologias de saúde para que o mercado possa adotá-las”, explica Araújo.

O investimento para colocar o Distrito InovaHC em pé gira em torno de R$ 2,5 milhões. Nem um centavo desse valor, no entanto, envolve dinheiro público. O recurso virá todo das mantenedoras, entre as quais estão a AstraZeneca, Alliar Médicos à Frente, KPMG, Cremer, Grupo Mafra e Abbott. A contrapartida do HC resume-se, exclusivamente, à cessão de uso da área do hospital.

“O que queremos é criar um hub que [seja referência], para que qualquer pessoa que [busque] inovação na área da saúde pense no HC”, resume Bego. “O setor da saúde é um dos que está mais atrasado na adoção de novas tecnologias. São poucos os players. Então, é uma área na qual ainda há muita oportunidade”, completa cofundador da Distrito.


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