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Com parte dos leitos já reservados para receber torcedores durante a Copa, empresários da rede hoteleira e entidades do setor concentram esforços agora para qualificar os funcionários que estarão na linha de frente no atendimento. Desde o começo do mês, 1.110 profissionais de Curitiba e Foz do Iguaçu participam do programa Bem Receber Copa 2014, desenvolvido pela Escola Virtual dos Meios de Hospedagem (EVHM) através de uma parceria da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih) com o Ministério do Turismo.

Somente na capital, 60 hotéis cadastraram funcionários para participar do curso, que é feito on-line e tem duração de cinco meses. No programa, voltado a profissionais que terão contato direto com os turistas, como gerentes, mensageiros, recepcionistas, governantes e porteiros, são ministradas disciplinas como diversidade cultural e qualidade no atendimento. A intenção do Ministério do Turismo é qualificar, até o fim do ano que vem, 19 mil profissionais nas cidades-sede da Copa espalhadas pelo país.

Além de cadastrar funcionários no programa, redes hoteleiras têm aumentado os investimentos em formação e capacitação. Na rede de hotéis Bourbon, a verba de treinamento foi esticada desde o ano passado, correspondendo hoje a 2,5% da folha de pagamento de cada unidade. Segundo a diretora de Recursos Humanos da rede, Maria Cristina Carvalho, em 2010 a carga horária total de cursos oferecidos chegou a 68 mil horas. A intenção, neste ano, é dobrar esse número.

No Crowne Plaza Curitiba, os investimentos no aprendizado de outra língua estão sendo priorizados. Conforme o gerente geral do hotel, Paulo Ventura, mais da metade dos funcionários já falam inglês. A expectativa é de que, até a Copa, todos os colaboradores saibam pelo menos o básico da língua.

Habilidades

Especialistas alertam, porém, que a capacitação não deve ficar restrita aos idiomas e ao atendimento dentro dos hotéis. "Ser gentil é importante, mas, mais do que isso, é preciso ter um mínimo de capacitação técnica e acesso a um grande volume de informações sobre a cidade, desde atrativos turísticos e dicas de como se deslocar", defende o diretor acadêmico do Centro Europeu, Rogério Gobbi.

"O funcionário precisa saber fazer as coisas, mas também deve ter habilidades de gestão e relacionamento. Ele tem de compreender o seu cliente e oferecer alternativas de lazer adequadas às características dele", completa o vice-coordenador do curso de Turismo da UFPR, José Manuel Gonçalves Gandara. (RW)

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