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O verão, a pausa no turismo de negócios e a debandada de boa parte da população de Curitiba logo após o Natal não serão suficientes para fazer despencar o movimento de hóspedes nos hotéis da capital em janeiro. Pelo menos é no que acreditam as entidades representativas do setor. Elas pretendem garantir ocupação convencendo os viajantes em férias rumo a Foz do Iguaçu, Santa Catarina e Rio Grande do Sul a não só usar a cidade como ponto de parada, mas também como opção de passeio. A expectativa de "fisgar" os passantes é otimista: há quem espere que, ao invés de baixar para um terço da capacidade dos hotéis, como costuma a acontecer, a taxa de ocupação de janeiro seja mantida nos mesmos patamares ou até supere a média anual, que gira em torno de 55%.

A esperança dos hotéis não se apóia em campanhas publicitárias de Curitiba como uma cidade turística. O viajante que pára para descansar é o grande público dos hotéis em janeiro. A gerente de hospedagem do Crowne Plaza, Luciana Zanette, diz que 90% dos hóspedes desta época estão em trânsito na cidade. "Passam a noite e vão embora."

Por isso, a tática das entidades para manter o movimento se baseia mais no empenho dos próprios estabelecimentos de fazer o turista perceber que vale a pena gastar parte do período de férias na capital, ao invés de só pernoitar. "Curitiba não deve ser vista apenas como uma cidade dormitório, os turistas têm o que ver aqui – belos parques, o passeio de trem a Morretes e ótimos shoppings", aposta o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Cláudio Antunes. Mostrando as alternativas, diz ele, os turistas ficam mais um ou dois dias, pelo menos. "Além disso, com o problema dos aviões, mais pessoas vão viajar de ônibus e carro. Gente que não passaria pela cidade se viajasse de avião vai passar por aqui."

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Curitiba (Sindoteis), Emerson Jabur, compartilha da mesma expectativa em relação ao início de ano. Além de apostar no trabalho de "captação" dos hotéis, ele diz que o sindicato trabalhou em 2006 entre os agentes de turismo do interior para a divulgação da capital como uma opção para passeios de lazer. "Esperamos que a taxa de ocupação chegue até a 55%. Normalmente em janeiro não passa de 33%."

Ainda assim, para Jabur, o movimento neste período pode até aumentar por conta do drama aeroviário, mas não será suficiente para compensar as perdas que o setor sofreu este ano. "No turismo de negócios, o cliente cancela a viagem. No de lazer é diferente, ele muda de opção de roteiro, mas não deixa de aproveitar a folga com a família."

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