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A certificação das reservas de petróleo da HRT na bacia do Solimões, na Amazônia, ficou para o ano que vem após a empresa ter enfrentado dificuldades com um tempo muito chuvoso na região este ano, disse um executivo da petroleira brasileira nesta terça-feira (02).

Em 2012, a HRT também espera contar com dados mais precisos sobre as reservas potenciais dos blocos da empresa na Namíbia, o que dará uma melhor noção dos ativos totais da companhia.

Nesta terça-feira, relatório divulgado pela HRT elevou em 815 milhões de barris de óleo equivalente (boe) as reservas potenciais da empresa, para 7,9 bilhões de boe, com uma avaliação dos ativos da Namíbia.

Mas, segundo o diretor de planejamento da HRT, Milton Franke, os dados divulgados nesta terça-feira (02) sobre a Namíbia levaram em conta apenas estudos antigos da BHP.

"Não é o que a gente tinha na previsão deste ano, o volume (total reservas) não ficou aquele que a gente achou que ia confirmar, mas ficamos bastante satisfeitos", afirmou Franke à Reuters.

Ele disse que entre março e abril de 2012 será divulgada uma nova certificação da DeGolyer & MacNaughton com dados mais bem fundamentados, baseados em sísmica 3D, o que dará ao mercado uma noção melhor dos ativos da companhia na Namíbia e bacia do Solimões, na Amazônia.

"Este ano se previa certificação da bacia do Solimões, mas teve uma chuva muito forte no Solimões e decidimos deixar a sísmica para o ano que vem", informou.

Os 21 blocos que a empresa possui no Solimões --que vai explorar em parceria com a russa TNK-BP --, também terão sua certificação divulgada entre março e abril de 2012.

"Tem uma grande estrutura que vai ser coberta com o 3D novo que a gente ainda não certificou", antecipou Franke, explicando que a D&M levou em conta para o levantamento apenas dados antigos e dispensou o que já foi feito em 3D."Onde havia concidência do (trabalho) 3D e (os dados) BHP, preferimos não fazer usar agora o 3D, para divulgar de uma vez só quando ficarem prontos no ano que vem", afirmou.

O mau tempo adiou também o trabalho em 3D na Namíbia, que só voltará a ser feito em outubro, com previsão de resultados finais em janeiro, que serão analisados até março/abril.

Os novos recursos certificados referem-se apenas aos blocos 2813-A, 2814-B e 2914-A, na bacia de Orange.

A HRT é operadora de cinco blocos de exploração na costa da Namíbia, cobrindo uma área de 26.815 quilômetros quadrados.

Quase um Lula

O relatório da certificadora D&M elevou de 7,1 para 7,9 bilhões de barris de óleo equivalente as reservas potenciais da HRT, ao adicionar os 815 milhões de boe referentes aos ativos da empresa na Namíbia, sendo 649 milhões de boe de petróleo e 166 milhões de boe de gás natural.

No Brasil, um único campo do pré-sal, Lula (ex-Tupi), possui cerca de 8 bilhões de boe em reservas (volumes provados).

Ao abrir o capital, em 2010 a empresa contava com 2,1 bilhões de boe em reservas potenciais.

A empresa disse que planeja iniciar em 2012 a campanha de perfuração de quatro poços na Namíbia.As ações da empresa fecharam em queda de 2,77 por cento nesta terça-feira, enquando o Ibovespa caiu 2,15 por cento.

Para o analista da Bradesco Corretora Auro Rozenbaum, a notícia divulgada pela HRT nesta terça-feira sobre as reservas é positiva, mas as ações não reagiram porque os recursos ainda são prospectivos e estão na Namíbia.

"O impacto na ação não é tão forte porque além de serem ainda prospectivos, os recursos hoje na Namíbia valem menos do que os recursos aqui no Brasil", disse ao Trading Brazil, comunidade financeira da Thomson Reuters.

Lucas Brendler, da corretora Geração Futuro, considerou o volume expressivo, correspondente a cerca de 10 por cento dos recursos potenciais líquidos da companhia.

"O anúncio de reservas para uma empresa dessas é bastante importante, porque se trata de uma fronteira exploratória e o volume é bastante considerável", avaliou.

Alguns estudos geológicos indicam que a costa da Namíbia é semelhante à costa brasileira na região do pré-sal da bacia de Santos.

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