• Carregando...

São Paulo – O HSBC Brasil obteve no ano passado o maior lucro líquido da sua história no país. O banco apresentou resultado de R$ 850,2 milhões, com crescimento de 61,47% em relação ao ganho de 2004. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 27,69%, contra 23,03% no ano anterior. É o segundo ano consecutivo com taxa de crescimento acima de 60%. O presidente-executivo do grupo no país, Emílson Alonso, disse que o resultado se deve à venda da HSBC Seguros de Automóveis e Bens para a HDI Seguros, em julho, por R$ 197,1 milhões, e do lucro da HSBC Seguros, que foi de R$ 350,3 milhões.

A receita obtida com a prestação de serviços foi de R$ 1,9 bilhão; a da intermediação financeira, de R$ 10 bilhões; e das operações de crédito, de R$ 20 bilhões.

As operações de crédito no varejo, apesar de contidas a partir de março do ano passado, foram 24,27% maiores. A precaução foi motivada pelo alto nível de inadimplência registrado em 2005, 13,5% maior do que em 2004 entre consumidores e 14,2% entre empresas, de acordo com a Serasa. Só o HSBC teve 6,9% de perdas sobre a carteira de créditos com a provisão de empréstimos não-pagos, índice que foi de 5,7% em 2004. Alonso explica o número pela maior oferta de crédito no mercado, pela ampliação das modalidades de crédito consignado e pelo baixo crescimento do PIB brasileiro.

"Pagamos essa conta no ano passado e agora as operações voltaram ao normal", diz. Normal, mas sem a possibilidade de crescimento registrada em 2005, caso seja mantido o quadro de baixo crescimento econômico, e, portanto, de baixa geração de emprego e renda. "Depois que os créditos já tomaram 30% da capacidade de pagamento de um trabalhador, como emprestar mais dinheiro a ele?", questiona.

Fazendo um raio-x das operações, o banco concedeu 25% mais empréstimos pela financeira Losango, 36% a mais para pequenas empresas, 272% mais créditos consignados em folha de pagamento e 10% mais crédito rural.

Há nove anos no Brasil, desde a compra do paranaense Bamerindus, o conglomerado sediado em Londres mantém uma grande estrutura no país. São 931 agências que operam o ativo total de R$ 47,5 bilhões. A estrutura "maior do que o negócio" explica o baixo índice de eficiência, que caiu de 66 para 61 (quanto menor, melhor), valor que o grupo pretende derrubar em mais 4% ou 5% esse ano. Para isso, pretende aumentar as operações por meio de canais alternativos, como internet, telefone e caixas automáticos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]