Decisão
Santander e BB tiveram pedidos de liminar negados pela Justiça
Os bancos Santander e Banco do Brasil esperam julgamento do mérito de ações que pedem o fim de supostos bloqueios nas agências. Ambos os bancos tiveram pedidos de liminar negados. No caso do Santander, segundo o juiz Daniel Roberto de Oliveira, da 10ª Vara do Trabalho de Curitiba, faltaram provas de que funcionários foram ameaçados fisica e verbalmente pelos grevistas.
No do BB, o juiz Bráulio Gabriel Gusmão, da 4ª Vara, considerou no dia 20 não ter havido excesso por parte dos grevistas. Insatisfeita com a decisão, o banco estatal ingressou com ação similar em outra vara do TRT-PR, mas também teve o pedido de liminar negado no dia 24. Os dois bancos recorreram das decisões o BB escolheu continuar com a mais recente.
Considerado pela classe um dos bancos com mais funcionários sindicalizados na Região Metropolitana de Curitiba, o HSBC não conseguiu reabrir ontem mais do que 7% das agências mesmo com decisão judicial que impede o bloqueio das portas. A informação é do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região (Seeb). Assim como Itaú e Bradesco, que já têm agências funcionando, o HSBC conseguiu no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRTPR) liminar que impede grevistas de fecharem as portas das unidades. O banco preferiu não comentar o assunto ontem.
Segundo a entidade, a greve por ganho real nos salários entrou ontem no 12º dia com 339 agências fechadas em Curitiba eram 378 no dia 26. No Paraná, são 781. O auge também foi no dia 26 (812). A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) divulgou que a greve nacional entrou ontem no 12º dia com 10.822 agências fechadas no país 76% a mais do que no primeiro dia.
Desde o início da greve, no dia 19, o número de agências em funcionamento na Grande Curitiba muda com frequência. Informalmente, por exemplo, quatro das 65 agências da Caixa Econômica Federal na capital continuam funcionando: a do Barreirinha, do Bigorrilho, da avenida Brasília e na rua Francisco Derosso.
Nos bastidores, circula a informação de que agências foram mantidas abertas por gerentes e funcionários que têm salário atrelado ao cumprimento de metas. Alguns funcionários chegam para trabalhar depois do horário bancário (16 horas), quando os comitês grevistas já deixaram os prédios.
Procurados pela Gazeta do Povo, os bancos Itaú e Bradesco preferiram não dar informações sobre quais agências estão abertas na Grande Curitiba. Já a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se limitou a afirmar que as agências em funcionamento são as que tiveram portas desbloqueadas para a entrada de funcionários. A federação afirma que os processos judiciais estão a cargo das instituições financeiras.
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