• Carregando...
Terreno da Aker em São José dos Pinhais. MP-PR investiga duas possíveis irregularidades: extinção de nascente e terraplanagem em margem de lago | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Terreno da Aker em São José dos Pinhais. MP-PR investiga duas possíveis irregularidades: extinção de nascente e terraplanagem em margem de lago| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

No que depender do Ins­tituto Ambiental do Paraná (IAP), a Aker Solutions já pode começar a construir sua nova fábrica, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). A multinacional norueguesa, que produz equipamentos para a exploração de petróleo, recebeu na última sexta-feira a licença ambiental de instalação, com validade de dois anos.

O cronograma da nova unidade, que já tem parte de sua produção contratada pela Petrobras, está atrasado. A Aker anunciou o investimento – de R$ 280 milhões – em março, e tinha a expectativa de dar início à construção em agosto. Procurada, a empresa informou que as obras ainda não começaram, e que não haverá novidades nas próximas semanas.

A empresa quer inaugurar a fábrica no início de 2015, em substituição às instalações atuais, que ficam na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Segundo a companhia, sua capacidade de produção vai mais que dobrar com a unidade de São José, e o número de empregados deve passar de 900 para 1,2 mil.

Investigação

Apesar da autorização do IAP, a área que receberá a fábrica, no bairro Campo Largo da Roseira, ainda é investigada pelo Ministério Público do Paraná, que apura denúncia de crime ambiental no terreno.

Vistorias feitas pela Secre­taria de Meio Ambiente de São José e pelo Batalhão de Polícia Ambiental constataram, respectivamente, extinção de uma nascente e terraplenagem de margem de lago, área considerada de preservação permanente. A Aker Solutions, o IAP e a MCE Participações, antiga dona da área, negam irregularidades.

Pré-sal

Principal empresa do setor de petróleo e gás do Paraná, a Aker tem em sua carteira bilhões de reais em encomendas. O maior contrato é para a produção de 60 conjuntos de equipamentos submarinos, que serão usados pela Petrobras no desenvolvimento de campos do pré-sal da Bacia de Santos. O valor do negócio é de aproximadamente US$ 800 milhões (quase R$ 1,8 bilhão).

Em março, quando anunciou o contrato, a empresa afirmou que "apenas os primeiros conjuntos de poço" serão produzidos na fábrica da CIC, e que os demais serão "fabricados, montados e testados na nova instalação".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]