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A bolsa de valores de São Paulo fechou a sexta-feira com o seu principal índice no vermelho, diante da fraqueza das commodities e de números frustrantes sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.

O Ibovespa caiu 0,27 por cento, para 70.262 pontos. O volume financeiro do pregão somou 6,52 bilhões de reais.

Com três altas em cinco sessões, o índice encerrou a primeira semana do ano com ganho acumulado de 2,44 por cento.

O governo norte-americano informou o fechamento de 85 mil empregos em dezembro, contrariando expectativas de estabilidade na folha de pagamento não-agrícola. Nem a revisão para melhor nos dados de novembro evitou a piora do humor.

Os ganhos iniciais foram zerados e o Ibovespa passou a acompanhar o viés negativo do ambiente internacional, com queda do dólar frente às principais moedas e commodities.

À tarde, a bolsa brasileira passou a trabalhar "de lado", sem uma tendência definida e operações limitadas a giro.

"Dados de emprego nos EUA e Europa devem ser cada vez mais importantes para o ritmo dos negócios", avaliou Maurício Ceará, estrategista de renda variável da corretora Santander, em São Paulo.

Segundo ele, "quando se olha o nível de atividade, verifica-se melhora no mundo todo, enquanto a ponta final (emprego) no exterior ainda não deu sinais de melhora".

De acordo com profissionais do mercado, contudo, o fluxo de capital externo segue dando algum suporte ao índice local.

"O dia acabou mostrando que ainda existe predisposição para a alavancagem em emergentes", disse o operador de bolsa de uma corretora em São Paulo, referindo-se à resiliência do índice em boa parte da sessão

Em Wall Street, o Dow Jones recuava 0,25 por cento por volta das 18h30.

Mineração e aéreas ajudam

O desempenho da blue chip Vale continuou ajudando o Ibovespa, com alta de 0,55 por cento, a 45,55 reais nesta sessão. A outra blue chip, Petrobras, teve comportamento divergente, caindo 0,54 por cento, a 36,95 reais.

Contribuiu para o declínio o desempenho de Itaú Unibanco, que cedeu 1,5 por cento, para 39,02 reais; e de BM&FBovespa, com baixa de 2,3 por cento, a 13,49 reais.

Os papéis da bolsa chegaram a subir 0,65 por cento mais cedo, em meio a análises positivas sobre o balanço de operações da empresa em 2009, com destaque para o segmento Bovespa, que registrou 81,75 milhões de negócios, recorde anual.

As ações da Gol lideraram a lista de alta do índice, com acréscimo de 4,8 por cento, a 27,95 reais, após a empresa informar que a demanda de passageiros da companhia subiu 34,8 por cento em dezembro em relação ao mesmo período de 2008.

Também vale destacar nova repercussão à decisão do Conselho de Administração da Cimpor de rejeitar oferta da CSN na véspera. Em Lisboa, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch disse que não avalia elevar a oferta "neste momento", preferindo conversar com os principais acionistas da produtora portuguesa de cimento para convencê-los de que sua proposta de compra é justa.

A ação da CSN subiu 2,26 por cento, a 57,47 reais.

Fora do Ibovespa, os BDRs da Laep decolaram 31,4 por cento, para 2,68 reais, em meio a rumores de que sua controlada Parmalat seria comprada pelo JBS. Os papéis movimentaram mais de 600 milhões de reais, abaixo apenas do giro com ações preferenciais da Vale.

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