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Depois de subir 3,54% nos últimos três dias, o principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou nesta sexta-feira (28) em queda de 0,32%, aos 47.457 pontos. Com este desempenho, o índice teve baixa de 22,14% no primeiro semestre de 2013 - o pior desempenho semestral desde a segunda metade de 2008, auge da crise americana, quando somou perda de 42,25%.

O clima de aversão ao risco retirou investidores da Bolsa e levou para o mercado de câmbio, com o dólar à vista -referência para as negociações no mercado financeiro- fechando em R$ 2,221, alta de 1,63%. As ações de MMX Mineração, do empresário Eike Batista, lideraram as perdas do Ibovespa no dia, com queda de 10,91%, para R$ 1,47. "Havia uma expectativa forte de venda de ativos [da MMX] ainda nesta semana, o que não ocorreu. O investidor mantém a cautela", explicou Luiz Gustavo Pereira, estrategista na Futura Corretora, em São Paulo.

Outros papéis de Eike também caíram hoje: LLX Logística perdeu 8,33%, para R$ 0,99, enquanto OGX Petróleo teve baixa de 5,95%, para R$ 0,79. Em sentido oposto, os papéis da Ambev registraram alta, depois que a companhia convocou uma assembleia para votar a conversão de todas as suas ações em apenas uma classe: ordinárias (com direito a voto).

O avanço das ações preferenciais da Ambev (mais negociadas e sem direito a voto) foi de 3,49% no dia, para R$ 83,52. Já os papéis ordinários da empresa subiram 4,14%, para R$ 82,58. Segundo analistas, os investidores também aproveitaram o fim do semestre para realizar lucros [vender ações por um preço maior do que o de compra] depois da subida da Bolsa no início desta semana.

Nos EUA, a confiança do consumidor melhorou no fim de junho, fechando o mês perto da máxima em quase 6 anos atingida em maio, à medida que o otimismo entre as famílias de renda maior subiu para seu nível mais forte em seis anos, mostrou uma pesquisa da Universidade de Michigan.O indicador teve efeito negativo sobre os investidores, uma vez que a melhora na economia americana é fundamental para que o Federal Reserve (banco central dos EUA) dê início ainda neste ano à redução de seu programa de estímulo econômico através da recompra mensal de títulos públicos.

Isso afetaria negativamente o Brasil, de acordo com especialistas, porque um segundo passo do Fed seria aumentar o juro básico nos EUA, deixando os títulos do Tesouro americano, remunerados pela taxa e considerados de baixo risco, mais atraentes aos investidores globais do que aplicações em mercados emergentes.

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