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A queda das ações norte-americanas no final da tarde anulou os ganhos da bolsa brasileira nesta quarta-feira (9), após manter-se praticamente todo o dia no azul por causa de números positivos sobre a China.

No fechamento, o Ibovespa caiu 0,51 por cento, a 61.478 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,181 bilhões de reais.

Em Nova York, o índice Dow Jones recuou 0,41 por cento, o Nasdaq caiu 0,54 por cento, e o índice Standard & Poor's 500 perdeu de 0,59 por cento.

A virada do mercado norte-americano foi concentrada em ações do setor de energia, que recuaram à medida que o governo dos Estados Unidos aperta o cerco sobre a petrolífera BP em razão do vazamento no golfo do México.

As ações da empresa negociadas em Nova York caíram 15,8 por cento, para o menor nível desde agosto de 1996. Em Londres, a ação fechou mais cedo em queda de 4 por cento.

A queda também aconteceu, embora não de maneira imediata, após a divulgação do Livro Bege pelo Federal Reserve. De acordo com o documento, a atividade econômica nos Estados Unidos melhorou no mês passado, mas a preocupação com a crise de dívida na Europa pesou sobre a confiança.

"A atividade melhora, mas não é nada muito significativo. Todo mundo sabe que o avanço nos Estados Unidos hoje é limitado e isso deixa o mundo preocupado", disse Arnaldo Puccinelli, gerente de mercados financeiros da corretora Terra Futuros.

Em declarações dadas mais cedo, o chairman do Fed, Ben Bernanke, afirmou que a recuperação econômica do país está encaminhada, mas que demorará até que os empregos perdidos na recessão sejam recuperados.

No começo do dia, predominava o otimismo após fontes afirmarem à Reuters que as exportações chinesas cresceram cerca de 50 por cento em maio em relação ao mesmo período do ano passado. O dado superou as previsões de aumento de 32 por cento e renovou a confiança em uma recuperação mais firme da economia global após a crise recente .

O efeito dos números chineses durou sobre o setor de minério no Ibovespa até o fim do pregão. As preferenciais da Vale tiveram o maior volume do pregão e subiram 0,40 por cento, para 40,42 reais. As ações ordinárias da MMX avançaram 1,51 por cento, para 10,77 reais.

Petrobras, em meio à expectativa sobre a votação no Senado do projeto que abre caminho para a capitalização da empresa, acompanhou o comportamento do mercado internacional e caiu 0,37 por cento, a 29,55 reais, nas ações preferenciais.

Entre as ações que mais caíram, a JBS perdeu 3,65 por cento, a 7,40 reais, após adiar a oferta primária de ações que pretendia realizar nos Estados Unidos este ano.

As ações ordinárias da Oi tiveram a maior baixa percentual do índice, 5 por cento, para 36,64 reais. Na outra ponta, Fibria foi quem mais ganhou, com alta de 3,90 por cento, para 28,00 reais.

Após o fechamento do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia a decisão sobre a taxa básica de juros, atualmente a 9,5 por cento. Os investidores já embutem nos preços a previsão de um aumento de 0,75 ponto percentual.

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