A inflação de 11,49% acumulada nos 12 meses até janeiro deste ano, medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), é a maior desde novembro de 2008, quando houve alta 11,99%, nesta base de comparação. A informação é do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. Segundo ele, porém, este patamar não será sustentado nos próximos meses. "Acho que o destino de curto prazo desta taxa em 12 meses deve ser de desaceleração", afirmou.

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Braz comentou que o primeiro trimestre do ano passado contou com taxas mensais superiores a 1% de inflação. "Eu não espero este tipo de movimento no primeiro trimestre de 2011", disse. Ele observou que, com o passar do tempo, taxas mensais elevadas, referentes aos primeiros meses de 2010, devem ser substituídas por resultados menores na série do indicador em 12 meses, o que deve contribuir para uma desaceleração na taxa acumulada.

No entanto, Braz comentou que, na margem, ao analisar o comportamento da trajetória da família dos Índices Gerais de Preços (IGPs), é possível notar uma leve aceleração. Na sequência de resultados, o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de dezembro subiu 0,38% e o IGP-10 de janeiro mostrou alta de 0,49%. "Temos, sim, uma aceleração na margem. Mas não acho que o comportamento de aceleração dos IGPs será tão forte como o que vimos no ano passado nestes mesmos indicadores", afirmou.

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