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Depois de o IBGE ter divulgado que a produção industrial teve crescimento bem menor que o previsto em novembro, levando o mercado a estimar um recuo maior da taxa básica de juros, dados divulgados por dois institutos de pesquisa nesta quarta-feira mostram uma aceleração da inflação neste início de ano, levantando novas dúvidas sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em sua reunião da semana que vem.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,40% na primeira prévia de janeiro. Em dezembro, a primeira apuração do índice fora de 0,06% e, no mês inteiro, deflação de 0,01%. A aceleração foi puxada pelos preços no atacado, pressionados por produtos agrícolas.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município de São Paulo, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou a primeira medição do mês de janeiro inflação de 0,46%, acima da quadrissemana anterior, que ficara em 0,29%.

O item que apresentou maior alta de preços foi despesas pessoais (1,21%), seguido por vestuário (1,07%), transportes (0,8%) e e educação (0,59).

O item que teve menor alta foi alimentação (0,14%), seguido por habitação (0,18%) e saúde (0,24%).

IGP - Na primeira parcial de janeiro do IGP-M, o Índice de Preços ao Atacado (IPA), que representa 60% do índice geral, teve alta de 0,43%. Em período equivalente de dezembro, o IPA havia caído 0,07%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do indicador cheio, foi de 0,41% na primeira prévia de janeiro, contra inflação de 0,34% na parcial de dezembro.

O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), representativo de 10% do IGP-M, teve elevação de 0,13% (depois de aumentar 0,21% na medição inicial de dezembro). Não houve reajustes salariais, mas os materiais e serviços de construção subiram 0,24%.

ATACADO - Os produtos agrícolas concentraram a maior parte da pressão sobre o indicador, ao subirem 1,6%. Os produtos industriais, por sua vez, avançaram somente 0,07%.

Todos os três estágios de produção nos quais os componentes do IPA tiveram aceleração no ritmo de alta. As Matérias-Primas Brutas tiveram o maior salto, saindo de deflação de 0,17% na primeira prévia de dezembro para variação positiva de 0,94% agora. O avanço se explica pelos aumentos produtos agropecuários, como soja, mandioca e milho. Itens como bovinos, tomate e laranja verificaram queda de preços e ajudaram a conter a elevação do indicador das matérias-primas.

Os Bens Intermediários passaram de deflação de 0,34% na primeira prévia de dezembro para baixa de 0,08% em janeiro, com a menor baixa do grupo de combustíveis e lubrificantes para produção (queda de 2,10% para recuo de 0,42%).

Os Bens Finais, por sua vez, registraram variação positiva de 0,82% (ante alta de 0,39% no mês anterior). A aceleração se deveu aos alimentos frescos - cuja taxa foi de queda de 0,20% para avanço de 5,22% entre as duas medições.

Consumidor

Nos preços ao consumidor, os grupos Educação, Leitura e Recreação e Saúde e Cuidados Pessoais exerceram a maior pressão sobre o indicador. O primeiro foi puxado pela parte de recreação, que avançou 1,96%. O segundo foi pressionado pela alta de 0,40% nos artigos de higiene.

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