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Ilan Goldfajn é o principal nome cotado para a presidência do Banco Central | ABR/ABR
Ilan Goldfajn é o principal nome cotado para a presidência do Banco Central| Foto: ABR/ABR

O economista-chefe do Itaú e ex-diretor do Banco Central, Ilan Goldfajn, é o principal nome cotado para a presidência do Banco Central (BC) num eventual governo Michel Temer. Interlocutores do vice-presidente afirmam que o martelo ainda não foi batido porque Henrique Meirelles, escolhido para o Ministério da Fazenda, também está conversando com o sócio do banco Plural e ex-diretor do BC, Mário Mesquita. Há algumas semanas, o nome de do economista Carlos Kawall era o mais cotado para assumir o BC. Kawall foi secretário do Tesouro Nacional durante o governo do ex-presidente Lula e hoje é economista-chefe do banco Safra.

Meirelles já acertou com o vice uma forma de blindar o comandante do Banco Central. Caso Temer assuma, será enviada ao Congresso uma proposta de emenda constitucional (PEC) que dá ao BC autonomia para determinar a política de juros no país sem interferências políticas. O presidente da autarquia não teria mais status de ministro, como ocorre hoje, mas só poderia ser processado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Pela PEC, presidente e diretores do BC poderiam ser demitidos pelo presidente da República, mas apenas em casos graves. Segundo interlocutores de Temer, a intenção é colocar no papel explicitamente o que está implícito hoje. Eles afirmam que somente depois da aprovação dessa PEC é que o comandante do Banco Central perderia o status de ministro na equipe de Temer.

O vice-presidente quer enxugar a máquina pública e reduzir o número de ministérios. Foi por isso que o PMDB, partido de Temer, passou a avaliar a retirada do status de ministro para o BC. Uma ala do partido também passou a ventilar que a autonomia para a atuação da autoridade monetária não seria uma prioridade para Temer. Isso dificultou o trabalho de Meirelles para encontrar um nome para substituir Alexandre Tombini no BC.

Economistas foram sondados no mercado e deixaram claro que não teriam interesse em integrar uma equipe econômica que ficasse sob suspeita de não ter independência para fazer o trabalho de controle da inflação. Essa é uma das principais críticas feitas ao governo Dilma Rousseff, que em diversos momentos pressionou a autoridade monetária para reduzir juros.

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