Rio de Janeiro As vendas do comércio varejista cresceram 6,2% na média nacional em 2006, no segundo melhor desempenho da série histórica do IBGE, superado apenas em 2004. Os aumentos da renda real do trabalho e da massa salarial, estabilidade no emprego, câmbio baixo e facilidade de crédito, além de estabilidade econômica e política, foram os motivos listados pelo técnico da coordenação de comércio do IBGE, Reinaldo Pereira, para explicar o bom ano do setor.
A expansão do varejo foi muito superior à apurada pela indústria no ano passado (2,8%) e as importações são, em grande parte, responsáveis por essa diferença. Lopes acredita que o câmbio tenha contribuído para a distância nos resultados do comércio e indústria, porque dificultou as exportações industriais e beneficiou as importações varejistas.
Segundo ele, não é possível fazer uma relação direta entre os resultados do setor industrial e o varejo porque, na indústria, há a porção do mercado externo a influenciar a produção, e não apenas o impacto do mercado doméstico, como ocorre com o varejo. "O descolamento da indústria com o comércio tem uma torneira que é o mercado externo, não é uma coisa colada como se a produção industrial estivesse voltada exclusivamente para o mercado interno", disse.
O aumento da renda, que alavancou o desempenho das regiões com melhor desempenho, também beneficiou o segmento que mais pesa na pesquisa do IBGE, de super e hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com crescimento de 7,6%.
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