As importações nunca foram tão altas para um primeiro semestre quando em 2010, informou nesta quinta-feira (1) o secretário-adjunto de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Fábio Faria. No acumulado deste ano, as compras do exterior somaram US$ 81,3 bilhões, com aumento de 43,9% sobre os seis primeiros meses de 2009 (US$ 56 bilhões).
O aumento das importações, que é fruto da economia aquecida e do dólar baixo, foi o principal fator para a queda do superávit da balança comercial (exportações menos importações) nos seis primeiros meses deste ano. O saldo positivo de US$ 7,88 bilhões registrado de janeiro a junho foi o mais baixo, para este período, desde 2002.
Bens de consumo
As compras dos chamados bens de consumo, que englobam automóveis, aliimentos, bebidas, tabaco, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e confecções, entre outros, avançaram 49% no primeiro semestre deste ano, para US$ 13,77 bilhões. Em igual período do ano passado, marcado pela crise financeira internacional, o país importou US$ 9,17 bilhões em bens de consumo.
Somente em automóveis, as compras do exterior somaram US$ 3,58 bilhões no primeiro semestre deste ano, com crescimento de 72,3% frente a igual período do ano passado (US$ 2,06 bilhões).
Em bens de consumo não-duráveis (alimentos, produtos farmacêuticos, produtos de toucador, vestuário, bebidas e tabaco, entre outros), as compras feitas em outros países totalizaram US$ 5,87 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, com crescimento de 28,3% sobre igual período do ano passado (US$ 4,53 bilhões).
No caso dos bens de consumo duráveis (máquinas e aparelhos de uso doméstico, eletroeletrônicos e móveis, entre outros), as importações somaram US$ 7,9 bilhões no primeiro semestre, com forte aumento de 69,2% frente aos seis primeiros meses de 2009, quando totalizaram US$ 4,63 bilhões.
Combustíveis e matérias-primas
Os dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que as compras do exterior também avançaram fortemente no caso dos combustíveis e lubrificantes. No primeiro semestre deste ano, as compras totalizaram US$ 11,73 bilhões, com elevação de 65% sobre o mesmo período do ano passado (US$ 7,05 bilhões). Neste caso, segundo Fábio Faria, do MDIC, o aumento do preço do petróleo também influenciou o forte crescimento das importações.
As aquisições de matérias-primas, por sua vez, também cresceram nos seis primeiros meses deste ano, quando somaram US$ 38 bilhões. A elevação foi de 45,8% na comparação com igual período de 2009 (US$ 25,89 bilhões.
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