Produtos bastante procurados para presentear os pais têm carga tributária que varia de 13,18% até 71,36%. A média de 18 itens pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) é de 44,69%. Os impostos pesam mais para aqueles produtos considerados supérfluos, como bebidas e perfumes. Os livros têm a menor carga de tributos: 13,18%.
Os produtos importados têm uma taxação maior do que os equivalentes nacionais. Os perfumes produzidos fora do país têm carga tributária de 71,36%, contra 51,58% da água de colônia nacional. Os impostos também pesam no preço final de bebidas. Equivalem a 53,70% do preço de um vinho e a 62,42% do preço de um uísque. A produção de materiais de informática têm benefícios do governo federal e estadual. A carga tributária de um laptop, por exemplo, é de apenas 25,50%, contra 41% de um telefone celular.
O IBPT considerou a incidência de impostos sobre produção, circulação e os que incidem no lucro e nas transações bancárias, como a CPMF. "O consumidor, quando adquire alguma coisa, não sabe quanto do preço corresponde a impostos. Não há transparência por parte do governo federal", diz o diretor técnico do instituto, João Eloi Olenike. "O cidadão fica então no desconhecimento e não cobra do poder público o retorno do que pagou em serviços."
Mesmo que o consumidor não concorde com a alta carga tributária, ele deve agir para não haver sonegação, orienta Olenike. "É preciso pedir a nota fiscal sempre. Sem nota, o comerciante não faz o registro da venda e desvia um dinheiro que deveria entrar nos cofres públicos." Segundo ele, o consumidor tem o direito de pedir a nota sempre, já que é ele quem arca com o peso dos tributos. "A cadeia produtiva e as empresas envolvidas vão repassando os custos tributários e quem paga é quem compra um produto", explica. O preço de um almoço em um restaurante no Dia dos Pais, por exemplo, tem 33,51% de impostos embutidos.
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