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Os incentivos fiscais concedidos pelo governo a setores produtivos deprimiram ainda mais o ritmo de crescimento da arrecadação federal em maio, que já sofre com o esfriamento da atividade econômica. Apesar de ainda recorde para o mês, o saldo de R$ 77,97 bilhões ficou 16,13% abaixo do registrado em abril e levou a Receita Federal a prever que a expansão do recolhimento de tributos este ano ficará perto do piso da estimativa oficial.

"A gente ainda sustenta um pouco essa previsão, mas o crescimento será mais próximo de 4%", admitiu ontem a secretária-adjunta da Receita, Zayda Manatta. Para ela, não há dúvidas de que a arrecadação avançará este ano, ainda que menos do que os 10,2% vistos em 2011. "Hoje temos alta da massa salarial, de bens e serviços e consumo, mas a produção industrial está crescendo menos."

Ao lado da atividade mais fraca, as desonerações pesaram no resultado. É o caso do IPI sobre automóveis, cuja arrecadação caiu 24,5% em maio, e do IPI que incide sobre produtos da linha branca e móveis (-11,7%).

Além dessa diminuição, os bancos, que vinham sustentando a robustez da arrecadação, remeteram menor quantia ao Fisco em maio do que nesse mesmo mês de 2011. Nessa base de comparação, a arrecadação geral ainda sustenta um crescimento, porém tímido, de 3,8% em termos reais, já descontada a inflação. Foram o faturamento das companhias e a renda das pessoas físicas os responsáveis por esse incremento em maio, enquanto a lucratividade das companhias míngua.

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