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Análise

Volatilidade irá continuar, diz Loyola

O ex-presidente do Banco Central (BC) Gustavo Loyola afirmou que o mercado de ações no Brasil deve continuar a registrar volatilidade devido ao nervosismo dos investidores em relação à crise fiscal de alguns países europeus. "A bolsa deve sentir, nos próximos dias, esses efeitos dos problemas que ocorrem na Europa", afirmou, após participar de palestra na Associação Comercial de São Paulo.

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O mercado brasileiro de ações teve uma trajetória errática na jornada de ontem. Se as quedas recentes deixaram os papéis de muitas empresas a preços atraentes para os investidores, as incertezas sobre a crise na zona do euro reduzem o apetite por risco.O índice Ibovespa, principal termômetro dos negócios da bolsa paulista, retraiu 0,56% no fechamento, aos 59.915 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,64 bilhões, bem abaixo da média do mês (R$ 7,5 bilhões). O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova Iorque, retrocedeu 1,24% no final das operações.

A ação preferencial da Vale, que sozinha teve volume de R$ 717 milhões, desvalorizou 1,21%. A ação preferencial da Petrobras, que movimentou R$ 411 milhões, sofreu perdas de 0,84%. Uma das poucas exceções do dia foi a ação ordinária da OGX (giro de R$ 290 milhões), que teve forte alta de 4,13%, restringindo a queda do índice. O dólar fechou em alta de 0,16%, cotado a R$ 1,864.

Analistas citaram pelo menos dois motivos para o mau humor dos investidores no pregão de ontem. Primeiro, a frustração com os resultados da reunião dos ministros das finanças da União Europeia, no final de semana. Muitos esperavam uma nova ação coordenada das autoridades europeias para enfrentar os problemas da zona do euro.

A intervenção do banco central espanhol sobre a instituição financeira Cajasur também provocou mal-estar nos mercados. Apesar da pouca representatividade dessa empresa no setor financeiro espanhol, a medida não impediu que alguns analistas vissem um indício de problemas no setor bancário.

O economista-chefe do banco Schain, Silvio Campos Neto, destacou as iniciativas de algumas economias europeias para reduzir gastos públicos, como Reino Unido, e possivelmente, a Alemanha, que podem ter um efeito positivo no mercado.

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