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O órgão encarregado de recuperar fundos para indenizar as vítimas da fraude piramidal de Bernard Madoff anunciou nesta terça-feira que as autoridades aceitaram propostas para dois acordos que elevariam a indenização total a mais de US$ 10 bilhões.

Ambas propostas de acordo, junto com outra de ontem, foram aceitas pelo tribunal de falências do distrito sul de Nova York e, se forem aprovadas, chegariam a US$ 10,5 bilhões.

O fideicomisso (como é chamado o orgão), liderado pelo advogado Irving Picard, "trabalhou diligentemente durante os últimos anos para devolver a máxima quantia de dinheiro ao fundo das vítimas", explicou a equipe em comunicado.

Este número representa 60% do dinheiro reclamado pelas vítimas da que foi a maior fraude da história, que ocorreu em 2008 e que as estimativas situam em mais de US$ 17 bilhões.

O primeiro acordo, que pode chegar a US$ 62 milhões, seria com o magnata imobiliário de Long Island, Edward Blumenfeld, que realizará um pagamento imediato de US$ 32,75 milhões e fica pendente de fazer outros que oscilarão entre US$ 17,7 milhões e US$ 29 milhões.

O segundo acordo acrescentaria US$ 95 milhões à indenização para as vítimas e afeta o fundo de risco Senator Fund SPC, com sede nas Ilhas Cayman.

O tribunal de Nova York receberá uma audiência no dia 17 de dezembro para avaliar a validade de ambos acordos, assim como o que se anunciou também nesta semana com outro fundo de investimento, Herald e Primeo, avaliado em quase US$ 500 milhões.

Até agora, o fideicomisso conseguiu US$ 9,8 bilhões de indenização para as vítimas de Madoff, dos quais US$ 6 bilhões já chegaram a seus donos.

Madoff cumpre atualmente uma condenação de 150 anos de prisão por manter uma estrutura financeira piramidal fraudulenta com a qual atraía investidores com a promessa de gerar elevados lucros.

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