O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou um avanço de 2,1 pontos, passando de 51,1 para 53,2 pontos, de acordo com a pesquisa divulgada nesta quinta (10) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo a entidade, este aumento sinaliza que o indicador está se distanciando da marca de 50 pontos, que divide as percepções de confiança e falta de confiança.
Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI, explica que o avanço foi o primeiro em dez meses que o índice de expectativas sobre a economia brasileira ultrapassou a linha divisória de 50 pontos.
“A transição do pessimismo para o otimismo em relação aos próximos seis meses da economia está relacionada com o início da redução da taxa básica de juros e a previsão de novos cortes até o fim do ano”, disse.
O Índice de Condições Atuais, componente do ICEI, teve um acréscimo de 1,8 ponto, atingindo 47,3 pontos. Embora permaneça abaixo da marca dos 50 pontos, indicando percepção de piora nas condições atuais da economia e das empresas, o aumento “sugere que a percepção dos empresários sobre essa piora está mais branda e menos generalizada do que em agosto”, diz a CNI.
O outro componente do ICEI, o Índice de Expectativas, elevou-se em 2,3 pontos, chegando a 56,2 pontos, refletindo perspectivas mais otimistas para os próximos seis meses. Esse índice é formado pelas expectativas em relação à economia, que avançou de 48,2 para 51,5 pontos, e em relação à própria empresa, aumentando de 56,7 para 58,6 pontos.
O ICEI é constituído por dois componentes: o Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativas. A CNI avalia esses dois componentes com base na percepção dos empresários em relação à economia e à própria empresa.
A pesquisa consultou 1.373 empresários, incluindo 555 de pequeno porte, 508 de médio porte e 310 de grande porte, durante o período de 1º a 7 de agosto de 2023.
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