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O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado para reajustar contratos de aluguel, registrou em junho deflação de 0,18%, informou ontem a Fun­da­­ção Getulio Vargas (FGV). Foi a primeira deflação desde de­­zembro de 2009. Em maio, a taxa havia sido de 0,43%.

Nos 12 meses encerrados em junho, a variação acumulada do IGP-M caiu de 9,77%, taxa registrada em maio, para 8,65%, o que derrubou o indicador para a menor variação por esse critério desde setembro do ano passado.

Os três componentes do IGP-M tiveram as seguintes variações, de maio para junho: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) passou de uma alta de 0,03% para uma deflação de 0,45%; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,90% para -0,12%; e o Índice Nacional de Custo da Constru­ção (INCC) recuou de 2,03% para 1,43%.

A redução do IPA foi puxada pelo subgrupo alimentos in natura, que teve queda de 2,93% em junho, após subir 0,75% em maio. No IPC, seis dos sete grupos que compõem o índice recuaram entre maio e junho, com destaque para alimentação (1,09% para -0,81%) e transportes (1,14% para -1,34%). A única alta aconteceu no grupo educação, leitura e recreação (0,22% para 0,55%).

Entre os produtos, o maior aumento foi registrado nas passagens aéreas, que subiram 16,92% em junho, contra 1,89% em maio. O IGP-M é calculado com base nos preços averiguados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês corrente.

Risco maior

O Relatório Trimestral de Infla­ção, divulgado ontem pelo Ban­co Central, afirma que a probabilidade de a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consu­midor Amplo (IPCA) ul­­tra­­passar o teto da meta em 2011, de 6,5%, subiu para 22% pelo cenário de referência. No relatório de março, a chance era de 20%. Para 2012, essa probabilidade subiu de 13% para 14%, no mesmo cenário. No cenário de mercado, a chance estimada pelo BC de a inflação ultrapassar o teto da meta em 2011 continuou em 18%, enquanto a probabilidade para 2012 foi ampliada de 18% para 20%.

O relatório aponta como outra fonte de risco ao IPCA o comportamento das expectativas de inflação. Embora reconheça que houve certa acomodação na dinâmica das previsões para a alta dos preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) avalia que existe o risco de que os níveis elevados da inflação mensal e da taxa acumulada em 12 meses verificados desde o fim de 2010 continuem a influenciar as expectativas de inflação, tornando sua dinâmica mais persistente.

Superávit primário

O Copom avalia ainda que a geração de superávits primários compatíveis com as projeções de inflação contribui para arrefecer o descompasso entre demanda e oferta e solidificar a tendência de redução da razão dívida pública sobre o Produto Interno Bruto (PIB).

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