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Com o aquecimento do mercado, a indústria de material de construção prevê crescer 15% em 2010 e dobrar o faturamento até 2016, para R$ 188 bilhões. Em 2009, as empresas movimentaram R$ 96,8 bilhões. A expectativa é que os projetos na área de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de habitação popular Minha Casa, Minha Vida garantam um crescimento sustentado para o setor por pelo menos seis anos. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Materiais de Construção (Abramat), Melvyn Fox, as empresas estão acelerando investimentos para dar conta da demanda. De acordo com pesquisa da entidade, 73% das indústrias do setor preveem investir nos próximos 12 meses. No início do ano, a fatia daqueles que tinham intenção de realizar aportes estava em 59%. Em maio de 2009, ainda no pior momento da crise econômica, apenas 33% das indústrias estavam dispostas a investir. A Abramat reúne 49 empresas, responsáveis por cerca de 60% do faturamento da indústria.

As vendas internas de materiais de construção cresceram 21,2% em maio em relação ao mesmo mês de 2009. O resultado acumulado dos primeiros cinco meses de 2010, na comparação com o mesmo período do ano passado, foi de 20,5%. De acordo com Fox, a indústria de material de construção ocupa hoje 87% da capacidade fabril, porcentual que deve se manter até o fim de 2010. "Em alguns setores esse é um limite preocupante, mas ainda assim temos um pouco de ociosidade, o que ajuda a reduzir pressões de preços", afirma.

Inflação

Embora as cotações de alguns materiais de construção tenham subido nos últimos meses, é a mão de obra a vilã dos custos da construção. O Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado (INCC-M) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mede a inflação na construção civil, subiu 0,93% em maio e acumula altas de 3,46% no ano e de 6,06% em 12 meses. No mês, os preços de materiais, equipamentos e serviços subiram 0,48%, já os de mão de obra subiram 1,41%.

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