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Linha de produção da Renault: indústria de veículos registrou queda de 5,4% em julho | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Linha de produção da Renault: indústria de veículos registrou queda de 5,4% em julho| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Câmbio valorizado não melhora desempenho de exportadores

Esperança do governo para inverter o saldo negativo da balança comercial acumulado neste ano e para turbinar o desempenho da indústria, o dólar valorizado não mostrou ainda impacto nos números do setor industrial até julho, segundo o IBGE. Nenhum dos setores que poderiam se beneficiar e ganhar competitividade ao vender seus produtos no exterior com preço, em dólar, menor mostrou melhor desempenho em julho.

Entre os que poderiam ter um empurrão estão a indústria automobilística, que teve a queda de maior impacto no índice geral, a de alimentos, alguns ramos de máquinas e equipamentos (como os agrícolas), papel e celulose e metalurgia (siderurgia).

Todos registraram retração na comparação com maio.Segundo André Macedo, do IBGE, a desvalorização do real tem potencia para ampliar a competitividade da indústria, mas tal situação não se configurou ainda. Outros fatores, diz, podem atrapalhar, como o piora do cenário externo e o excesso de produção de alguns setores em escala global como a siderurgia, por exemplo.

Folhapress

Após uma alta expressiva em junho, a indústria pisou no freio diante de um consumo enfraquecido e o desempenho mais fraco na maior parte dos setores. A produção caiu 2% de junho para julho, iniciando o terceiro trimestre em terreno negativo e sinalizando um resultado mais modesto para o PIB do período.

O resultado da indústria ficou abaixo das estimativas das instituições de mercado, que previam uma queda pouco superior a 1%, em sua maioria. Em junho, a alta havia sido de 2,1%, segundo dado revisado divulgado pelo IBGE ontem. Na comparação com julho de 2012, a produção cresceu 2%. De janeiro a julho, o setor soma uma alta de 2%.Em 12 meses encerrados em julho, a taxa acumulada ficou em 0,6%.

Sob a ótica da produção, o PIB do segundo trimestre surpreendeu e cresceu 1,5% impulsionado pela indústria (que no cálculo do PIB inclui outros segmentos que não são pesquisados mensalmente pelo IBGE, como a construção civil e a geração de energia). Analistas esperam, porém, que a indústria fique estagnada no segundo trimestre.

Queda generalizada

Pelos dados do IBGE, nota-se uma queda generalizada da produção industrial, que atingiu todas as categorias de produtos.

Prejudicada pelo tombo da indústria automobilística, que em julho mais do que devolveu o crescimento de junho (1,8%), a de bens duráveis teve a maior retração de junho para julho (-7,2%).

A segunda redução mais expressiva – de 3,3% – ficou com bens de capital (máquinas e equipamentos destinados a investimentos em aumento da capacidade de produção e outros), que vinha de um saldo positivo nos últimos meses e mostrava-se a categoria mais dinâmica.

Setores

Dentre os setores com quedas mais relevantes para o índice da indústria geral de junho para julho, destacam-se veículos automotores (-5,4%), farmacêutica (-10,7%), borracha e plástico (-4,5%), celulose e papel (-3,6%), além de alimentos (-1,4%).

Já as altas de destaque ficaram com refino de petróleo e álcool (3,3%).

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