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A crise chegou ao setor de eletroeletrônicos e resultou na redução de cerca de três mil funcionários nos dois últimos meses de 2008, conforme a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). E a associação ainda espera redução no quadro de funcionários "pelo menos nos próximos dois meses, com perspectivas de que se estabilize a partir de então", de acordo com Sondagem Conjuntural divulgada ontem.

No levantamento, a associação informou que a indústria eletroeletrônica registrou queda de 0,8% no nível de emprego em novembro, comparativamente ao mês anterior, e de 1,04% em dezembro.

Com isso, o setor viu seu quadro de colaboradores cair em três mil funcionários nos dois últimos meses do ano passado, totalizando 162 mil empregados ao final de dezembro. Antes da crise, a Abinee esperava fechar 2008 com 165,5 mil funcionários no setor, gerando 9,4 mil empregos diretos, estimativa que não se concretizou em virtude da crise econômica global. Ainda assim, o número de 2008 supera o quadro de 156 mil empregados em dezembro de 2007.

De acordo com a Abinee, também foi relevante a queda de importações de produtos eletroeletrônicos nos meses de novembro e dezembro de 2008, comparativamente aos mesmos meses de 2007, de 0,6% e de 6%, respectivamente.

Fiat

Oitocentos operários da fábrica da Fiat, em Betim, entraram ontem em férias coletivas por um período de dez dias. A medida se deve a um "ajuste de produção", de acordo com a assessoria de imprensa da montadora italiana.

A produção durante este mês de janeiro está pelo menos 20% menor do que em janeiro de 2008, quando o ritmo de trabalho era para atender a uma demanda aquecida. Da prensa à funilaria, operários de toda a linha de montagem estão incluídos no novo período de férias coletivas da Fiat. O total de funcionários na montadora está pouco acima dos 14 mil.

A Fiat já havia concedido férias coletivas por períodos de 10 e 20 dias entre o início de dezembro e o início de janeiro, com o mesmo argumento. A marca italiana terminou 2008 como líder de mercado no Brasil, com 657.694 unidades vendidas entre automóveis e comerciais leves, uma alta de 8,25% em relação a 2007.

Na segunda-feira, a General Motors do Brasil admitiu, em comunicado, que vai revisar as previsões de vendas de veículos de porte médio no mercado interno para o primeiro trimestre deste ano, em função da crise internacional.

A empresa também decidiu afastar 1.633 empregados temporários da fábrica de São Caetano até o vencimento de seus contratos. A GM informou que vai honrar o pagamento dos salários pelo tempo determinado nos contratos, mas não detalhou qual é o prazo.

A montadora, a primeira a realizar um grande corte desde o agravamento da crise no Brasil, quando demitiu 744 funcionários temporários de sua fábrica de São José dos Campos (91 km de SP), afirmou ainda que as dispensas pretendem "adequar os seus níveis de produção com a demanda prevista".

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