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Ribeirão Preto - Em clima de desabafo contra as políticas monetária e tributária do país, a indústria de máquinas (fornecedora dos fabricantes de automóveis, tratores e eletrodomésticos, por exemplo) cobrou ontem socorro do governo federal para enfrentar a crise de crédito e consumo. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) alegou que as demissões podem saltar de 15 mil para 50 mil até setembro, voltando a níveis de 2007, quando o total de empregados estava na faixa de 250 mil.

Citando a redução de IPI concedida à indústria automotiva, o setor de máquinas, já isento desse imposto, pede eliminação de PIS e Cofins, que estariam onerando a produção em 11%. "O governo federal pode conceder essa isenção através de medida provisória", sugeriu o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto. Em sua avaliação, a medida é o mínimo que se pode fazer para reduzir a desvantagem da indústria de máquinas brasileira no mercado internacional.

Agrishow

A cobrança foi feita durante a Agrishow, uma das maiores feiras de máquinas agrícolas do Brasil, que vai até 2 de maio, em Ribeirão Preto (SP). A Abimaq divulgou números que mostram que a participação da indústria no PIB tem caído vertiginosamente no Brasil e na Argentina, enquanto cresce em países como China, Coreia do Sul e Índia. Segundo Neto, faltam incentivos aos investimentos e à pesquisa nacional, tendências que só podem ser revertidas no longo prazo.

O jornalista viajou a convite do Pool Agrishow.

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