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Estimativas

Desempenho deve se manter em alta até novembro

Segundo o economista Roberto Zurcher, da Fiep, o crescimento da produção industrial em agosto é resultado da sazonalidade: o segundo semestre é, tradicionalmente, mais aquecido que o primeiro. "O crescimento mensal deve ocorrer até outubro e novembro, que são meses de maior atividade industrial no estado. Depois disso, deve voltar a cair", diz. Com a expectativa de uma safra recorde no estado, o setor de alimentos deve impulsionar a retomada da produção industrial no estado. Consequentemente, o setor de produtos químicos, que recuou 14,5% de janeiro a agosto, deve se recuperar.

Vendas

Zurcher também destaca a retomada da venda de máquinas e equipamentos produzidos no estado. "Isso mostra que os empresários já estão mais otimistas e que já se preparam para investir novamente". De acordo dados da Fiep, as vendas industriais, que haviam subido apenas 0,7% em julho, cresceram 13% em agosto, com o crescimento de 14 dos 18 setores analisados. Na comparação com agosto de 2011, o faturamento da indústria paranaense acumula alta de 6,3%. Os melhores resultados nas vendas vieram da indústria do vestuário (32,8%) e do segmento de máquinas e equipamentos (29,2%).

Depois de um desempenho negativo em junho e julho, a indústria paranaense deu sinais de recuperação e voltou a crescer em agosto, registrando alta de 3% em relação ao mês anterior, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção industrial do Paraná teve o quinto melhor desempenho entre os 14 estados analisados e superou a média nacional, que fechou o mês com crescimento de 1,5%.

Apesar da retomada do crescimento mensal, a produção recuou 10,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Para especialistas, essa queda não é considerada ruim, pois reflete a oscilação natural de setores importantes da indústria. Segundo o economista Roberto Zurcher, da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), a elevada atividade industrial que marcou 2011 não se repetiu neste ano e ainda comprometeu a base de comparação, que ficou muito elevada.

Um dos exemplos vem do setor gráfico, que cresceu 120,9% em agosto do ano passado, mas não conseguiu manter o mesmo desempenho em 2012, recuando 67,4% na comparação mês a mês. "A diferença é que em 2011 crescemos acima da média", explica. Segundo Zurcher, essa situação ocorreu também em outros setores industriais e acabou influenciando os resultados gerais da indústria no estado.

Embora a média de crescimento anual – de janeiro a agosto – continue positiva (0,2%), o resultado apresentou queda em relação aos meses anteriores. O mesmo ocorreu com o resultado médio dos últimos 12 meses. Nesse caso, a variação da produção industrial passou de 8,83% em maio – o melhor resultado em 2012 – para 3,86% em agosto.

No acumulado do ano, as contribuições positivas para a produção industrial do estado vieram dos setores madeireiro (15,9%), gráfico (11,1%), e de refino de petróleo e produção de álcool (4,7%). Por outro lado, os setores de produtos químicos (14,5%) e veículos automotores (8,4%) foram os grandes responsáveis pela retração.

Para o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, os grandes estoques comprometeram o crescimento da produção na indústria automobilística do estado, que deve retomar o crescimento a partir de janeiro de 2013. Zurcher afirma que, embora os veículos produzidos no Paraná tenham boa aceitação no mercado nacional, o mercado passa por um momento de estabilização.

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