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Tesla Roadster 100 é vendido por US$ 98 mil nos EUA | Divulgação/ Tesla Motors
Tesla Roadster 100 é vendido por US$ 98 mil nos EUA| Foto: Divulgação/ Tesla Motors

As importações paranaenses tiveram um incremento de 35,2% nos primeiros quatro meses deste ano se comparadas a igual período do ano passado. De janeiro a abril, as compras externas somaram US$ 2,27 bilhões, o maior valor desde o lançamento do Plano Real. As exportações também aumentaram, só que em menor ritmo. As vendas ao exterior somaram R$ 3,45 bilhões, 19,9% mais que entre janeiro e abril de 2006. Embora o saldo comercial tenha sido reduzido em 1,6%, o perfil das importações mostra que a indústria do estado está aproveitando o dólar barato para melhorar sua competitividade no futuro.

Prova disso é a importação de bens de capital (basicamente máquinas e equipamentos), que teve incremento de 47,5% no primeiro quadrimestre, respondendo por um quarto (24,7%) do total importado pelas empresas. "São US$ 180 milhões a mais em volume de bens de capital. É a indústria criando musculatura para competir no mercado", avalia Maurílio Schmitt, coordenador do Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Roberto Zürcher, do mesmo departamento, lembra que o incremento na compra de bens de capital significa que a indústria "está prevendo aumento ou melhora de sua capacidade produtiva".

Outra característica encarada como benéfica nesta avalanche de produtos importados é o crescimento das compras de bens intermediários, em que estão também os insumos para a indústria. "Evidentemente, após comprar mais máquinas e equipamentos, você aumenta a compra de insumos. Isso porque, num primeiro momento, não se encontram os insumos para aquela tecnologia nova que a indústria acaba de comprar. Com o tempo isso tende a diminiur", avalia Schmitt.

No primeiro quadrimestre, os bens intermediários responderam por metade das importações paranaenses, apresentando um crescimento de mais de 50% na comparação com os primeiros quatro meses do ano passado. A subcategoria "insumos industriais" teve incremento de 54,4%, respondendo por 30,1% de toda a importação das empresas paranaenses nos primeiros quatro meses do ano. "Você vê que 75% da importação é destinada à indústria, de uma forma ou de outra", completa Zürcher.

A importação de bens de consumo – uma categoria que inclui de automóveis luxuosos a agulhas – também apresentou aumento expressivo, de 65,9%, mas responde por apenas 10,7% do total comprado pelas empresas paranaenses. A compra de veículos, principalmente da Argentina e do México, é a grande responsável pelo aumento da importação de bens de consumo duráveis. Já a importação de combustíveis e lubrificantes, basicamente petróleo, diminuiu 18,1% no primeiro quadrimestre.

Exportações

As exportações, a despeito do câmbio desvalorizado, tiveram um incremento de quase 20% no período entre janeiro e abril, com aumentos expressivos na venda de commodities agrícolas (como soja e milho) e automóveis. A venda de milho em grão teve incremento de 220%, e a de veículos, de 77,1%. Ainda assim, setores como madeira, móveis e calçados continuam sofrendo o impacto do dólar em queda.

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