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Jacel Duzanowski, da Mascarello, espera fechar o ano com aumento de 20% no número de ônibus produzidos | Cesar Machado/Valepress
Jacel Duzanowski, da Mascarello, espera fechar o ano com aumento de 20% no número de ônibus produzidos| Foto: Cesar Machado/Valepress

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Otimismo tem maior nível desde 2001

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) voltou a crescer e alcançou o patamar inédito de 119,3 pontos em agosto, de acordo com dados divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em relação a julho, o indicador que avalia o sentimento do consumidor em relação aos fatores que influenciam sua disposição para ir às compras aumentou 2,1%. Valores acima de 100 indicam expectativa positiva. O maior valor já registrado pelo índice, cuja série histórica começou em 2001, foi o de dezembro do ano passado, quando ficou em 117,2 pontos.

Segundo a CNI, o resultado foi puxado pelas expectativas de queda do desemprego e da inflação. O otimismo dos entrevistados em relação à inflação subiu 8% em agosto ante julho, o que indica aumento da quantidade de consumidores que esperam uma redução do ritmo de alta dos preços. É o quatro crescimento seguido desse indicador, o que demonstra que o medo da elevação de preços ocasionada pelo cenário dos alimentos no começo do ano parece estar se dissipando.

O Inec é uma pesquisa mensal elaborada pela CNI e realizada pelo Ibope Inteligência. Foram ouvidas 2.002 pessoas entre 18 e 21 de agosto.

Folhapress e Agência Estado

  • Acompanhe como está a recuperação da indústria através do gráfico

O Paraná teve, ao lado de Santa Catarina, a maior queda na produção industrial em julho. O resultado em relação ao mês anterior foi de -2,9%. A pesquisa, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra, no entanto, que os números da indústria paranaense continuam bastante positivos em outras bases de comparação. Em relação a julho do ano passado, por exemplo, o crescimento é de 18,1% – o dobro da taxa nacional. Nos últimos 12 meses, a produção industrial no Paraná se expandiu 12,3%, enquanto a média brasileira registrou 8,3%.

De acordo com o IBGE, o recuo no mês de julho foi consequência de reduções nas atividades de edição e impressão, materiais elétricos e máquinas e equipamentos. Ainda assim, o nível de produção da indústria do Paraná continua bem acima daquele verificado em todo o ano de 2009 (veja no gráfico ao lado). Boa parte desse desempenho positivo vem das montadoras do estado, que tiveram crescimento de 94,4% em relação a julho de 2009 – quando o setor produtivo ainda estava sob os efeitos da crise financeira internacional.

Essa expansão no segmento de veículos não se restringe apenas ao polo automotivo da região metropolitana de Curitiba. A montadora de ônibus Masca­rello, com sede em Cascavel, no Oeste, é um dos exemplos do avanço. No ano passado, a empresa produziu 2.083 veículos contra 1.523 unidades em 2008 – um crescimento de 32%. Para 2010, a expectativa é de expansão de 20%.

O aumento verificado pela empresa em 2009 ficou bem acima da média nacional – que fechou o ano com crescimento de apenas 1%, segundo dados da Associação Nacional dos Fabri­cantes de Veículos (Anfavea). Para o diretor comercial da Mascarello, Jacel Duza­nowski, um dos fatores que contribuíram para a expansão da produção da Mascarello no ano da crise foi o investimento das empresas de transporte coletivo na renovação da frota. Além disso, o planejamento estratégico e a conquista de mercados internacionais aceleram a expansão. De janeiro a julho deste ano, a empresa exportou 203 veículos, número bem superior aos 12 meses de 2009, quando 130 ônibus foram vendidos para outros países – a meta é exportar 15% da produção no ano que vem.

Outros estados

O parque industrial de São Paulo, por sua vez, foi o grande impulsionador da mudança no cenário nacional da produção industrial brasileira em julho – que mostrou aumento de 0,4% em relação a junho, após três meses em queda. A conclusão é do gerente de análise e estatísticas derivadas do IBGE, André Macedo. Em todo o país, 7 dos 14 locais pesquisados pelo instituto apresentaram crescimento em julho em relação a junho. Na comparação com julho do ano passado, houve crescimento em 13 dos 14 locais pesquisados. São Paulo responde por 40% do total da indústria no Brasil.

Na lista de setores que foram destaque positivo em São Paulo estão veículos automotores; outros equipamentos de transporte, principalmente aviões; outros produtos químicos; indústria farmacêutica e refino de petróleo."Estes setores foram os mesmos que, no desempenho nacional, também mostraram bons resultados em julho, e ajudaram a elevar a taxa nacional", afirmou Macedo. "Podemos perceber ainda que a taxa de crescimento da produção industrial de São Paulo foi muito parecida com a da produção nacional", concluiu.

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