• Carregando...
 |
| Foto:

Comparação

País perde feio para os outros emergentes

O Brasil voltou a registrar, no terceiro trimestre de 2012, o pior crescimento econômico na comparação com seus pares no grupo Brics. Na comparação do PIB do terceiro trimestre com igual período do ano anterior, o crescimento brasileiro de 0,9% ficou atrás da China (7,4%), Índia (5,3%), Rússia (2,9%) e África do Sul (2,3%).

Na comparação do trimestre com o trimestre imediatamente anterior, o crescimento do PIB brasileiro no terceiro trimestre (0,6%) ficou atrás do Chile (1,4%), Reino Unido (1,0%) e dos Estados Unidos (0,7%).

Por outro lado, o crescimento do Brasil superou o do México (0,5%). O quadro na Europa ainda é recessivo, com retração na Espanha (0,3%), Holanda (1,1%), Itália (0,2%) e em Portugal (0,8%). O Japão também teve retração, de 0,9%.

"Continuaremos tomando medidas, deveremos ter novidades na semana que vem, principalmente no âmbito de financiamentos para investimentos."

Guido Mantega, ministro da Economia.

A economia brasileira cresceu 0,6% no terceiro trimestre deste ano quando comparada com o segundo trimestre, muito abaixo do esperado pelo mercado, com a pior retração dos investimentos em mais de três anos. A indústria nacional encolheu 0,9% no período e contribuiu para o mau resultado.

INFOGRÁFICO: Confira alguns detalhes do indicador do PIB do trimestre passado

Pesou ainda para o mau resultado o consumo do governo, que cresceu apenas 0,1% – o pior desempenho em um ano, em consequência das restrições de gastos em período eleitoral –, e o fato de o setor de serviços, até então um dos motores da atividade, ter mostrado estagnação. Mesmo a leve aceleração do consumo das famílias – que cresceu 0,9% no período ante 0,7% no segundo trimestre – serviu pouco para compensar os números ruins.

A expectativa de economistas era de crescimento de 1,2% na comparação trimestral e de 1,9% na anual, segundo a mediana das previsões. O fraco desempenho levou economistas a iniciarem um processo de revisão da expectativa de crescimento neste ano para, no máximo, 1%. "O governo tomou medidas de curto prazo que contemplam um outro ou outro setor, o que, no fundo, gera muitas restrições, tem muito intervencionismo. Essa é uma das razões que tem afastado o investimento", avaliou o economista Rafael Bacciotti, da consultoria Tendências.

Estoques

Apesar de fraca, a expansão trimestral registrada entre julho e setembro foi a melhor desde o primeiro trimestre de 2011, quando ela foi de 0,7%. O desempenho mostrou também uma modesta melhora sobre o segundo trimestre, cujo crescimento foi revisado para 0,2%.

Segundo o IBGE, com produção menor, demanda maior e importações em queda, a economia brasileira foi atendida por estoques formados anteriormente no terceiro trimestre desse ano. Somente entre julho e setembro desse ano, os estoques caíram R$ 11 bilhões, sendo que ao longo de todo o ano passado haviam aumentado em R$ 18 bilhões. "Houve um descasamento entre oferta e demanda nesse trimestre e a demanda foi suprida com estoques formados em períodos anteriores", disse a economista Rebeca Palis, do IBGE, ao destacar o fenômeno típico de períodos de baixo aquecimento.

Mantega

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]