Se quiser crescer de 5% a 6% por ano daqui para a frente, o setor industrial não poderá contar apenas com as linhas de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A constatação é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. Ele fez esta declaração após participar hoje de reunião com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Elias, e o diretor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Alberto Santos, em que anunciaram incentivos à inovação industrial.

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Para ele, o BNDES foi ator principal na elaboração e na gestão do programa da política de desenvolvimento do País. Na política industrial, afirma o presidente da CNI, o BNDES tem uma participação muito ativa, já que é o principal meio de financiamento no País. "Mas daqui para a frente, para crescermos acima de 5%, não vamos poder considerar apenas o BNDES como canal de financiamento porque não vai ser suficiente", diz.

O BNDES participa, de acordo com o presidente da CNI, com cerca de R$ 120 bilhões dos R$ 200 bilhões que são a somatória de todos os financiamentos para investimentos no País. E o País precisa, para crescer cerca de 6% ao ano, em torno de R$ 600 bilhões de crédito para os investimentos. "Então, só o BNDES não vai ser suficiente para esse volume todo. O BNDES pode representar um terço desse valor, mas nós vamos ter que procurar outras fontes de financiamento", diz.

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Luiz Elias acrescentou que está sendo criada um sala de inovação envolvendo o BNDES, a CNI, o Sebrae e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para que os grandes investidores e as grandes empresas possam ter ali o seu canal de comunicação para elaborar projetos e programas, buscar recursos e incrementar grandes projetos de inovação no Brasil.

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