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O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) divulgou nesta quinta-feira (23) análise na qual ressalta que, apesar da trajetória de desaceleração no mercado de crédito doméstico, determinada pela crise financeira internacional, detonada em setembro do ano passado, o desempenho do crédito para a indústria começa a melhorar.

O Iedi destaca que números do Banco Central (BC), divulgados na manhã desta quinta-feira, mostram que a concessão de crédito para a atividade industrial teve, em março, o "melhor desempenho relativo", pelo segundo mês consecutivo, comparado com os financiamentos aos demais setores empresariais e a pessoas físicas (famílias).

De acordo com as estatísticas do Departamento Econômico do BC, o crédito à indústria cresceu 23,2% no mês passado, comparado ao mesmo mês do ano anterior. A taxa superou as registradas nas operações com o comércio (11%), o setor rural (9,7%), outros serviços (22,6%) e empréstimos pessoais, que tiveram aumento de 16,7%, aí incluídos o crédito habitacional e outras modalidades de empréstimo.

A análise técnica do Iedi considera que, em todo o período que se seguiu ao contágio da crise, "os empréstimos à indústria tiveram evolução mais favorável que para as demais modalidades de crédito corporativo". Na comparação de março deste ano com setembro de 2008, o crédito para a indústria evoluiu 8,8% em termos reais, cresceu menos para os outros setores e foi negativo no comércio.

O melhor desempenho do crédito para a indústria é explicado em parte, segundo o Iedi, pelo papel anticíclico dos bancos públicos no crédito direcionado; em especial quanto aos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a indústria de transformação e para distribuição de energia e gás, e a atuação da Caixa Econômica Federal na irrigação de recursos para a construção civil.

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