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São Paulo - Representantes de diversos setores da indústria brasileira se reuniram ontem em São Paulo para discutir os resultados do primeiro ano da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) anunciada em maio do ano passado pelo governo federal. O saldo do encontro foi a certeza de que as propostas anunciadas há 13 meses ficaram desatualizadas diante dos acontecimentos recentes na economia mundial. Por conta disso, o setor, liderado pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, defendeu mudanças na proposta.

A análise dos executivos presentes no encontro é de que a prioridade da indústria brasileira neste momento deve ser a busca por uma maior competitividade internacional e o aumento da produtividade para garantir o abastecimento ao mercado interno. As duas propostas seriam atendidas a partir da modernização do parque industrial nacional.

Segundo Monteiro Neto, a indústria de máquinas e equipamentos apresentou retração de 26% a 27% nos cinco primeiros meses de 2009, ante igual período de 2008, patamar duas vezes superior à média da indústria nacional como um todo (de -13%).

Na lista das propostas apresentadas ao governo federal estão a postergação dos encargos tributários para os fabricantes de bens de capital durante um período transitório, a criação de novas condições de financiamento para quem compra máquinas e equipamentos, a aceleração da depreciação dos bens e a redução no prazo de compensação de tributos para quem investe. "Precisamos defender uma agenda pró-investimento. Se não recuperarmos a taxa de investimento, estamos comprometendo o desempenho da economia brasileira a médio prazo", disse.

A proposta de estímulo à compra de bens de capital, segundo Monteiro, já está em discussão com o governo. Apesar disso, o presidente da CNI evitou dar projeções de quando as medidas de incentivo à aquisição de bens de capital poderiam ser anunciadas "Esperamos que a agenda pró-investimentos para o setor saia nos próximos dias. O tema já está maduro", disse.

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