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A inflação sentida por famílias de baixa renda quase dobrou em janeiro, informou nesta sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, avançou 1,40% no mês passado, após mostrar alta de 0,86% em dezembro. Com o resultado o índice acumula alta de 7,41% em 12 meses.

A taxa do IPC-C1 em janeiro ficou acima da inflação média apurada entre famílias com ganhos maiores, que têm renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, conforme o Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). O indicador mostrou alta de preços de 1,27% em janeiro. A taxa de inflação acumulada em 12 meses do IPC-C1 também se posicionou acima da apurada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 6,21%.

Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-C1, apenas duas apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços de dezembro para janeiro. É o caso de Educação, Leitura e Recreação (de 0,02% para 3,51%) e Transportes (de 0,13% para 5 11%). Os dois grupos sofreram os impactos, respectivamente, dos reajustes nos preços de tarifa de ônibus urbano (5,52%) e curso de educação infantil pré-escolar (8,43%) em janeiro.

Os cinco grupos restantes apresentaram desaceleração de preços. É o caso de Alimentação (de 1,43% para 1,32%), Habitação (de 0 35% para 0,26%), Vestuário (de 1,42% para 0,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,73% para 0,27%) e Despesas Diversas (de 0,59% para 0,45%).

A FGV informou ainda que, em janeiro, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-C1, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas na já citada tarifa de ônibus urbano, no tomate (39,30%) e na cenoura (32,78%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em limão (recuo de 27 44%), feijão carioquinha (baixa de 14,16%) e acém (queda de 2 27%).

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