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A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mer­cado (IGP-M) perdeu força em outubro e subiu 0,53%, ante alta da 0,65% no indicador de setembro, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa acumulada do IGP-M é usada no cálculo de reajustes de aluguel. Até outubro, o indicador acumula altas de 4,70% no ano e de 6,95% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M de outubro foi do dia 21 de setembro a 20 de outubro.

A FGV anunciou ainda os resultados dos três subindicadores que compõem o IGP-M de outubro. O Índice de Preços ao Produtor Amplo – Merca­do (IPA-M) avançou 0,68% neste mês; o Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M) apresentou alta de 0,26%; e o Índice Nacional de Custos da Construção – Mercado (INCC-M) registrou taxa positiva de 0,20%.

O IGP-M deve continuar desacelerando em novembro e fechar o mês em 0,45%, disse o economista da FGV André Braz. Segundo ele, a expectativa é de que no mês que vem os impactos da alta do dólar sejam menores ou nem atinjam o IGP-M. "Se ainda houver algum efeito do câmbio, será pontual", disse.

De acordo com cálculos da FGV, o câmbio médio acelerou 8,97%, para R$ 1,808, entre os dias 21 de setembro e 20 de outubro, período de coleta do indicador. Segundo Braz, o acordo firmado pelas autoridades europeias para combater a crise das dívidas na Europa também pode pressionar menos os preços no atacado. "É um tipo de medida que, num momento como este, traz mais confiança, embora ainda existam muitas dúvidas", afirmou.

Impacto cambial

Na opinião de Braz, com menor ou quase nenhum impacto cambial, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) industrial tende a desacelerar em novembro, embora não tenha divulgado sua previsão para a taxa. Em outubro, o índice fechou em 0,91%, quase o dobro do registrado em setembro, quando atingiu 0,45%.

Outra taxa que também deve apresentar queda em novembro na comparação com outubro é o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que avançou 0,26% neste mês ante 0,59% em setembro. Dentro do IPC, Braz acredita que o grupo Habitação poderá registrar desaceleração ou até mesmo queda de preços. "A menor pressão deve vir especialmente de taxas menores de água e esgoto e de condomínio, muito comuns nesse período por causa do pagamento do 13.º salário de funcionários de prédios, por exemplo", disse.

O economista ainda acredita que os preços de determinados produtos, como feijão (4,90%, em setembro, para -0,75% em outubro) e café (10,58% para 1,64%) – que fa­­zem parte da cesta básica – também devem impactar o IPC para baixo em novembro. "Pode ser que esses itens até passem a recuar", acrescentou.

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