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Os preços ao consumidor norte-americano tiveram em fevereiro a maior alta em dez meses com o aumento dos preços da gasolina, mostrou um relatório do governo divulgado nesta sexta-feira (16), mas havia poucos sinais de crescimento de pressões inflacionárias. O Departamento do Trabalho disse que o seu índice de preços ao consumidor avançou 0,4%, após subir 0,2% em janeiro. Esse resultado veio em linha com as expectativas dos economistas. A gasolina foi responsável por mais de 80% do aumento dos preços ao consumidor no mês passado, disse o departamento. Fora os setores voláteis de alimentos e energia, as pressões inflacionárias foram, em geral, contidas. O núcleo do índice subiu 0,1%, depois de ganhar 0,2% em janeiro. O aumento de fevereiro foi abaixo das expectativas dos economistas consultados em uma pesquisa da Reuters, que esperavam um aumento de 0,2 por cento. O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, disse na terça-feira (13) que o recente aumento nos custos de energia deveria pressionar temporariamente a inflação. No longo prazo, a inflação deve ficar igual ou abaixo de sua meta de 2% , disse o banco central. Embora o banco central tenha reiterado sua expectativa de que as taxas de juros dos depósitos de um dia continuem perto de zero até pelo menos o final de 2014, não ofereceu pistas sobre se irá anunciar uma terceira rodada de compra de títulos ou de "quantitative easing" para manter os custos dos empréstimos baixos a fim de estimular a recuperação. No mês passado, a inflação geral foi impulsionada pelos preços da gasolina, que subiram 6%, o maior aumento desde dezembro de 2010, depois de subir 0,9 por cento em janeiro. Embora o aumento dos preços da gasolina seja uma pressão sobre os consumidores, até agora não causou um forte recuo nos gastos, graças a uma melhora do mercado de trabalho. Os preços dos alimentos ficaram estáveis no mês passado depois de terem subido 0,2% em janeiro. A alta nos preços dos alimentos foi a mais fraca desde julho de 2010. Os preços aos consumidores no geral subiram 2,9% na comparação anual, após o aumento na mesma margem em janeiro.

O núcleo dos preços ao consumidor foi contido no mês passado pelos preços de vestuário, que caíram 0,9% - a maior queda desde julho de 2006- depois de subir 0,9% em janeiro. Houve também queda nos preços de tabaco, passagens aéreas, carros usados e caminhões. Mas os preços dos veículos novos subiram 0,6 por cento depois de ficarem estáveis em janeiro. Embora os custos de habitação tenham ficado estáveis, o aluguel equivalente dos proprietários subiu apenas 0,1 por cento no mês passado, após subir 0,2 por cento no mês anterior. Nos 12 meses até fevereiro, o núcleo dos preços ao consumidor subiu 2,2%, após avanço de 2,3% em janeiro. Essa medida se recuperou de uma baixa recorde de 0,6% em outubro, e o Fed gostaria de vê-la mais perto de 2%.

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