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São Paulo - A expectativa da semana se concentrará na divulgação de indicadores que poderão ter influência nas decisões do Banco Central sobre os juros. Amanhã será divulgado o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Bra­sileiro de Geografia e Estatística). O indicador é visto como uma espécie de prévia do IPCA, o índice usado pelo governo para verificar as metas de inflação. Em janeiro, a inflação medida pelo IPCA-15 subiu 0,52%. No mês anterior, o incremento havia sido de 0,38%.

A aceleração do índice, que reflete o custo de vida para famílias com renda até 40 salários mínimos, está relacionada com o aumento do preço dos alimentos, especialmente dos produtos "in natura’’, em razão das chuvas. Nos últimos 12 meses terminados em janeiro, o índice subiu 4,31%. O centro da meta de inflação estabelecida pelo governo é de 4,5% ao ano. Há tolerância de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O aumento da inflação preocupa porque, caso os índices não se desacelerem, pressionam o Copom (Comitê de Po­­lítica Monetária do BC) a interromper o ciclo de manutenção da Selic, em 8,75% ao ano.

Serão divulgados ainda nesta semana os indicadores de vendas no comércio varejista, também auferidos pelo IBGE. Para os analistas, as vendas do comércio tendem a manter o ritmo aquecido.

Nos Estados Unidos, a expectativa é para a fala de Ben Bernanke, o presidente do Fed (o banco central do país). Se a inflação começar a subir de forma mais expressiva que o inicialmente projetado para o ano, crescem as chances de o Fed iniciar o esperado ciclo de elevações de juros mais cedo.

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