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Nem mesmo o anúncio do corte de R$ 10 bilhões nos gastos do governo, na semana passada, fez com que as expectativas sobre inflação e crescimento econômico para este ano cedessem. Mas, segundo especialistas, pode ajudar a segurar as previsões a médio prazo. De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central (BC) divulgada ontem, os especialistas enxergam agora o IPCA a 5,54 % neste ano, 17ª elevação seguida nas previsões, distanciando-se ainda mais do centro da meta do governo, de 4,5%. Para 2011, por outro lado, as contas para o IPCA mantiveram-se em 4,80% pela quinta vez consecutiva.

Ajuda

"O anúncio (do governo de contenção de gastos) ajuda na estabilização das projeções de 2011. Mostra que os ministérios da Fazenda e do Planejamento reconhecem a força da atividade econômica", afirmou o economista-chefe da Máxima Asset Management, Elson Teles.

Neste momento, a pressão sobre os preços vem da atividade mais aquecida, com a demanda crescendo mais que a oferta. Para o mercado, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) crescerá 6,30% neste ano, segundo a média dos analistas consultados pelo Focus, acima dos 6,26% vistos na semana anterior.

Alguns economistas, no entanto, já chegam a falar em expansão de 7,5% para o período. Para 2011, ainda segundo o Focus, as perspectivas são de um crescimento de 4,50%.

Diante desse cenário, o mercado ainda aposta em mais elevações da Selic, como ocorreu no fim de abril, quando ela passou de 8,75% ao ano para 9,50%. Para 2010, as contas indicam que a taxa básica de juros fechará em 11,75%, previsão que já dura três semanas. Ela voltaria a recuar somente em 2011, mas pouco: encerraria o período a 11,50% anuais.

Segundo o Focus, os especialistas mantiveram a projeção do dólar a R$ 1,80 no fim de 2010. Para 2011, a moeda americana iria para R$ 1,85. Para a balança comercial, as contas indicam um superávit de US$ 13,75 bilhões neste ano e de apenas US$ 5,30 bilhões no seguinte.

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