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11,26% mais caro

Nos últimos 12 meses encerrados em abril, a comida consumida em lanchonetes ficou 11,26% mais cara. Já as refeições em restaurantes tiveram alta de 8,65%. Segundo a FGV, são os aumentos de preço de alguns dos alimentos típicos dos lanches, – como a carne processada de hambúrgueres, salsichas e presuntos, que subiu 23,39% no período –, os responsáveis pelo maior gasto nesses estabelecimentos.

Comer fora de casa é uma despesa cada vez maior das famílias. Contudo, o lanche em bares e casas de sucos e lanchonetes está se tornando cada vez mais caro para o consumidor. O custo tem subido em ritmo bem superior ao de refeições feitas em restaurantes, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Nos últimos 12 meses encerrados em abril, a comida consumida em lanchonetes ficou 11,26% mais cara. Já as refeições em restaurantes tiveram alta de 8,65%.

O cenário de alta vem desde agosto do ano passado. O aumento dos custos das lanchonetes e a recente alta dos preços de alimentos, que têm o tomate como vilão mais popular, podem estar por trás desse movimento. Em janeiro, a diferença era maior, com alta de 10,55% para as comidas em bares e de 7,42%, em restaurantes.

Segundo o economista Salomão Quadros, da FGV, uma parte desse comportamento se explica pelas diferenças de cardápio. No caso dos bares, os sanduíches passaram a custar mais por causa do aumento das carnes processadas: hambúrgueres, salsichas e presuntos acumulam alta de 23,39% em 12 meses. Por outro lado, no caso dos restaurantes, a carne bovina, fundamental para as refeições, acumula, no mesmo período, deflação de 0,55% no atacado.

Assim, o sanduíche ficou 12,07% mais caro nos últimos 12 meses encerrados em abril. Doces e salgados foram na mesma direção e acumularam alta de 11,28%.

Outra parte da explicação para o avanço dos preços nas lanchonetes pode estar na alta recente dos alimentos in natura (hortaliças, legumes e frutas). Desde janeiro, eles já subiram 53,65%. Segundo Quadros, bares e lanchonetes estariam mais expostos à alta de preços de hortaliças e legumes, já que são mais dependentes desses produtos e têm menor poder de barganha junto a fornecedores.

Pelos dados da FGV, o tomate no atacado já registra alta de 259,32% nos últimos 12 meses. Hortaliças e legumes sobem 88,55% e são, no varejo, a principal contribuição para a inflação do consumidor, 0,15 ponto porcentual do IGP-10 de abril, de 0,67%. "Não quer dizer que o restaurante não seja caro, mas ele serve mais refeições e não teve o impacto da carne, enquanto num bar há mais produtos industrializados e também uma maior pressão dos in natura", afirma Quadros.

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