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São Paulo – A semana chega com uma agenda econômica menos intensa que a anterior. No Brasil, a divulgação de dados de inflação aparece como o principal foco dos próximos dias. Na sexta-feira sai o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro. O mercado espera que o IBGE apresente um índice que mostre alta em dezembro em torno de 0,47%. No fechamento de 2006, a expectativa é de que o IPCA fique acumulado em torno de 3,15% – bem abaixo da meta de inflação de 4,5%.

O IPCA é o índice utilizado pelo governo para monitorar sua meta de inflação. O índice abaixo da meta indica que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) tinha um espaço maior para ter reduzido os juros. A taxa básica da economia, a Selic, terminou o ano em 13,25%. A primeira reunião do Copom de 2007 acontecerá nos dias 23 e 24 deste mês.

O mercado espera que a taxa seja reduzida em 0,25 ponto porcentual – mas há analistas que confiam na possibilidade de os diretores do BC optarem por uma queda um pouco maior, de 0,50 ponto.

Outros índices de inflação vão ser conhecidos nesses próximos dias. Na quarta, a Fipe divulga os primeiros dados de janeiro para o IPC. No mesmo dia, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresenta o resultado do IGP-DI de dezembro e o fechamento do ano.

Na sexta, o IBGE divulgará o fechamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano passado. A expectativa é de que o índice mostre inflação de 2,79% acumulada em 2006. O INPC é o índice que foi definido pelo governo para reajustar os benefícios dos aposentados que ganham acima do salário mínimo.

Nos Estados Unidos, após a divulgação de importantes dados na semana passada – como os do mercado de trabalho e a ata da última reunião do Fed (o banco central americano), haverá uma agenda bem menos carregada até sexta-feira. A economia norte-americana, a maior do mundo, costuma ser acompanhada de perto pelos investidores internacionais. Qualquer dado que desagrade, ficando distante das expectativas dos analistas, acaba por mexer com o humor do mercado financeiro global.

De mais relevante, haverá na quinta-feira a divulgação de dados de novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA na primeira semana do ano.

Na última sexta-feira, a divulgação de criação de vagas de trabalho acima do projetado provocou reação bastante adversa dos mercados mundiais.

As Bolsas terminaram com perdas nas principais praças financeiras, incluindo os Estados Unidos, Europa e países da América Latina.

O fato de os dados terem mostrado que o mercado de trabalho está mais aquecido que o esperado fez com que investidores temessem possíveis futuras pressões inflacionárias nos Estados Unidos. E se os índices de preços começarem a se mostrar muito fortes, o Fed pode ficar tentado a voltar a elevar os juros no país. Um cenário desses seria bastante ruim para os países emergentes – dentre esses, o Brasil.

Em maio, quando o Fed sinalizou que poderia elevar os juros americanos por longo prazo, investidores internacionais venderam muitas ações de emergentes. A Bovespa não escapou e enfrentou dificuldades no período, amargando perdas por muitos pregões.

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