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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de janeiro com variação de 0,59%, contra 0,36% do mês de dezembro. No acumulado dos últimos 12 meses a taxa atingiu 5,7%. Em janeiro de 2005, a inflação ficara em 0,58%.

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE, as altas cotações da cana-de-açúcar provocaram uma forte alta nos preços do álcool combustível no início deste ano, maior impacto sobre o IPCA de janeiro, de 0,11 ponto percentual.

Na média das regiões pesquisadas, o preço do litro subiu 9,87% em relação ao final do ano passado. Mas os consumidores do Rio de Janeiro e de Curitiba passaram a pagar ainda mais: 13,37% e 13,33%, respectivamente.

As menores taxas foram registradas nas regiões metropolitanas de Belém (4,98%) e Recife (5,38%). Utilizado em sua mistura, o álcool provocou aumento médio de 1,19% na gasolina, cujo litro chegou a ficar 3,44% mais caro em Salvador; 3,21% em Brasília e 3,15% no Rio de Janeiro. Por outro lado, os preços caíram em Recife (-3,16%) e Porto Alegre (-0,66%).

As passagens dos ônibus urbanos, principal parcela da despesa das famílias, exerceram o segundo maior impacto (0,09 ponto percentual) sobre o índice do mês, ainda que sua variação (1,82%) tenha sido bem menor que a do álcool. Janeiro concentrou aumentos fortes em duas regiões. Em Brasília, com reflexo de 18% no mês, ocorreu reajuste de 21,05% no primeiro dia deste ano.

No último dia do ano passado, houve reajuste de 12,5% em Belo Horizonte, causando variação de 11,52%. Já no Rio de Janeiro, o reajuste (5,56% a partir de 19 de janeiro) e a variação (1,67%) foram mais baixos.

O IPCA também foi influenciado pelos automóveis novos, que, refletindo repasse aos consumidores de aumentos praticados pelas montadoras, ficaram 1,39% mais caros.

Merecem destaque, ainda, os aumentos dos itens: seguro de veículos (2,43%), condomínio (1,81%), recreação (1,19%), empregado doméstico (1,16%) e conserto de veículos (1,05%).

Por outro lado, as contas de energia elétrica ficaram 0,94% mais baratas devido, principalmente, à eliminação, em 23 de dezembro do ano passado, do valor referente ao encargo de capacidade emergencial, conhecido como "seguro apagão", cuja cobrança foi iniciada em fevereiro de 2002, para cobrir o risco de desabastecimento de energia.

Comparadas a dezembro, caíram as taxas dos grupos Alimentação e Bebidas (de 0,27% de dezembro para 0,11% em janeiro) e Vestuário (de 1,58% para 0,03%).

Entre as regiões pesquisadas, os maiores índices ocorreram na região metropolitana de Belo Horizonte (1,48%) e em Brasília (1,41%) devido aos reajustes das tarifas dos ônibus urbanos. O menor índice foi registrado na região metropolitana de Recife (0,02%).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e abrange as famílias com rendimento monetário de um a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro a 27 de janeiro (referência) com os preços vigentes no período de 30 de novembro a 28 de dezembro (base).

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