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A inflação ao consumidor da zona do euro caiu mais que o previsto em dezembro, segundo dados divulgados nesta terça-feira, sinalizando recuo em relação ao pico de novembro e dando mais espaço para que o Banco Central Europeu (BCE) corte a taxa básica de juros e estimule a economia, que está à beira da recessão.

A inflação nos 17 países do euro foi de 2,7 por cento em dezembro em termos anuais, contra estimativa preliminar de 2,8 por cento para o mês, informou a agência de estatísticas Eurostat. Economistas ouvidos pela Reuters previam que a taxa continuasse em 2,8 por cento.

A alta dos preços foi de 1,9 por cento quando excluídos os voláteis preços de energia, que foram os principais indutores da inflação no fim de 2011, levando-a à máxima de 3 por cento em setembro, outubro e novembro.

O BCE julga que uma inflação pouco abaixo de 2 por cento é adequada para a estabilidade dos preços.

A economia da zona do euro está longe de estar saudável no momento, rumando para uma possível recessão em 2012. O Produto Interno Bruto (PIB) provavelmente encolheu no quarto trimestre de 2011 e isso deve acontecer de novo no primeiro trimestre deste ano.

O BCE fez dois cortes de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros desde que Mario Draghi assumiu a presidência, em novembro, e muitos economistas esperam que a autoridade monetária leve o juro para baixo de 1 por cento pela primeira vez na história durante os próximos meses. No mês passado, o BCE manteve o juro básico.

Combustíveis para transporte, óleo de aquecimento, gás e eletricidade tiveram grande impacto sobre a inflação em dezembro, e a leitura da inflação excluindo alimentos e energia foi de 1,6 por cento.

A inflação de energia foi enorme em dezembro, de 9,7 por cento em termos anuais, segundo a Eurostat.

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