Para baixa renda, aumento é de 0,20%
Agência Estado
Rio de Janeiro - A inflação do varejo sentida por famílias de baixa renda desacelerou de julho para agosto, informou a FGV. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) teve alta de 0,20% no mês passado, após avançar 0,24% em julho. O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos (de R$ 460 a R$ 1.150).
O desempenho do IPC-C1 de agosto foi igual ao apurado pelo Índice de Preços ao Consumidor de Brasil (IPC-BR), que mensura o impacto da inflação entre famílias mais abastadas, com ganhos mensais entre 1 e 33 salários mínimos (de R$ 460 a R$ 15.180). O IPC-BR também subiu 0,20% no mesmo mês. Segundo a FGV, com o resultado de agosto o IPC-C1 acumula altas de 3,44% no ano. Nos 12 meses encerrados em agosto, a inflação é de 4,51%. Já o IPC-BR acumula 3,22% no ano e 4,73% em 12 meses.
Rio de Janeiro - A inflação oficial do governo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 0,15% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). O resultado foi o menor desde agosto de 2006, quando o indicador situou-se em 0,05%.
A variação registrada no mês passado evidencia a trajetória de queda da inflação. Em julho, o IPCA havia subido 0,24% e, em junho, 0,36%. Graças a essa tendência, o indicador acumula elevação de 2,97% no ano. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,36%.
O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale diz que essa baixa deve continuar nos próximos meses devido aos preços administrados (como tarifas de telefone e aluguéis), que são corrigidos por índices de inflação que têm apresentando deflação como o IGP-M e o IGP-DI. A coordenadora dos Índices de Preços do IBGE, Eulina dos Santos, destaca o fato de que o atual nível de inflação acumulado em 12 meses ainda está contaminado por meses pré-crise, de demanda aquecida. "Nos próximos meses, porém, o acumulado começará a captar o que ocorreu no pós-crise. A tendência será, portanto, de acumulado ainda menor."
Quando observada a contribuição da inflação por grupos, quatro dos nove pesquisados pelo IBGE apresentaram pressões de queda: artigos de residência (-0,24%), transportes (-0,10%), construção (-0,02) e alimentação (-0,01%).
Destaques
Entre os destaques individuais, a desaceleração da inflação em agosto foi causada, principalmente, pelo recuo no preço do leite pasteurizado que teve deflação de 6,61%, depois de subir 4,02% em julho , e da redução no reajuste de tarifas de energia elétrica, que subiram 0,39% em agosto, após alta de 3,25% em julho.
"Apesar do recuo em agosto, os alimentos acumulam alta de 2,56% nos oito primeiros meses do ano. O patamar de preços ainda está mais alto do que em 2007, já que, somente em 2008, a elevação foi de 11%", diz a coordenadora do IBGE.
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