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A inflação oficial, medida pelo IBGE, voltou a subir em julho, passando de uma taxa praticamente nula (0,08%, em junho) para 0,43% no mês passado. Desde abril o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não subia tanto: naquele mês, os preços subiram 0,64%. Entre janeiro e julho houve um aumento de 2,76%.

A inflação acumulada nos últimos 12 meses também avançou, passando de 4,92% para 5,20%. É o maior aumento de preços acumulado desde março, quando fora de 5,24%. O objetivo oficial do governo prevê que, no fim do ano, a taxa fique entre 2,5% e 6,5%, com 4,5% no centro da meta. Já a previsão dos economistas que participam da pesquisa Focus, do Banco Central (BC), é que o índice terá este ano uma alta de 5% e, em 2013, de 5,50%.

De acordo com o IBGE, os principais responsáveis pelo encarecimento dos produtos e serviços em julho foram os preços dos grupos Despesas Pessoais e Alimentação e Bebidas. Os alimentos, pelo peso que possuem no orçamento das famílias, foram responsáveis por metade do aumento no IPCA. Entre os itens do grupo, o tomate – que já havia sido o vilão do aumento da cesta básica nessa semana –, a cenoura e o alho registraram os maiores aumentos em relação a junho, 50,33%, 17,81% e 12,27%, respectivamente. Por outro lado, a batata inglesa e o feijão carioca ficaram 7,68% e 6,78% mais baratos.

Já nas despesas pessoais, a maior elevação, de 1,37% em julho ante 0,61% no mês anterior, ocorreu no item "empregado doméstico".

Em Curitiba, a alta foi mais modesta, de 0,36%, fechando o acumulado no ano em 2,42%, um pouco abaixo da média nacional. Na capital paranaense, além dos alimentos, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais – que inclui remédios e produtos de higiene, por exemplo – e Artigos para Residência, como móveis e eletrodomésticos, registraram os maiores aumentos (veja no gráfico desta página). O IPCA mede a inflação em lares com renda até 40 salários mínimos.

Perspectivas

Mesmo com essa pressão nos preços, o mercado financeiro continua apostando em mais reduções na taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Juros mais baixos tendem a estimular a inflação, e a taxa Selic está em seu valor mais baixo na história, 8% ao ano. Mas taxas mais baixas também ajudam a estimular a economia, que vem apresentando resultados decepcionantes, por conta do mau desempenho da indústria.

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