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Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, foi repassado ontem à iniciativa privada | Paulo Whitaker/Reuters.
Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, foi repassado ontem à iniciativa privada| Foto: Paulo Whitaker/Reuters.

A Infraero pede alternativas ao governo federal para fazer frente ao prejuízo de R$ 450 milhões estimado para o ano que vem. Com a concessão de cinco aeroportos que antes estavam sob o comando estatal e sua consequente perda de receitas, a empresa tem negociado com o governo o lançamento de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que atingiria 2,5 mil funcionários. Outra opção seria que o governo federal ressarcisse a Infraero pelo serviço de navegação aérea operado pela estatal, cujo custo está avaliado em R$ 500 milhões por ano.

Até 2012, quando o caixa da Infraero era positivo, a empresa bancou os custos dessa operação. São 75 unidades de navegação aérea sob o comando da estatal, além de 61 aeroportos. "Se o Estado ressarcir a Infraero pelos custos que ela tem com a navegação aérea, são cerca de R$ 500 milhões por ano", reforçou ontem o presidente da estatal, Gustavo do Vale.

"Ou ele (o governo federal) ressarce sobre esse valor, ou permite o PDV", disse Vale. A partir de hoje, a Infraero repassa a operação dos aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG) às concessionárias que ganharam o leilão realizado em novembro do ano passado.

O desligamento de 2,5 mil funcionários – cerca de 20% do quadro atual de 12,5 mil empregados –, é considerado necessário para equalizar receitas e despesas. Ontem, Vale afirmou que ainda não há data para o lançamento do PDV, mas adiantou que 1,6 mil funcionários de todo o país já sinalizaram que optariam pela demissão voluntária. "Estamos em processo de negociação com o governo federal. (O PDV) Pode vir em 2015, em 2016, ou quando o governo entender", disse.

A Infraero não tem recursos em caixa para a realização do PDV. Por isso, precisaria de um aporte de R$ 750 milhões do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).

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