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Torre da Telecom Italia, em Milão: mudanças no Conselho refletem decisões brasileiras | Stefano Rellandini/Reuters
Torre da Telecom Italia, em Milão: mudanças no Conselho refletem decisões brasileiras| Foto: Stefano Rellandini/Reuters

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse ontem que a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a respeito da Telefónica reforçou o entendimento de que a companhia não pode controlar Vivo e TIM no país. No dia 4, o Cade decidiu que a Telefónica não pode ficar com 100% do capital da Vivo sem se desfazer da participação na TIM Brasil. "Eu acho que o Cade estabeleceu um parâmetro de que a empresa não pode controlar as duas empresas aqui", afirmou, após participar da cerimônia de posse do novo conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Igor Vilas Boas de Freitas.

"Isso já estava dito inclusive num acordo assinado com a Telefónica, que assinou termo de compromisso com o Cade de não interferir nas decisões da TIM. O Cade reforçou essa orientação", acrescentou. Bernardo reiterou que não houve nenhuma consulta oficial por parte da Telefónica à Anatel ou ao Cade a respeito do aumento da participação da companhia espanhola na Telco, controladora da Telecom Italia, anunciada em setembro.

"A Telefónica tirou dois membros do Conselho de Administração da Telecom Italia e todo mundo atribui isso à decisão do Cade", afirmou. "Mas, enquanto eles não resolverem isso na Itália, não vão falar nada aqui. Se houver algum movimento que signifique avançar mais, Anatel e Cade vão analisar." Sobre as especulações a respeito do que seria feito com a TIM, ele lembrou que essa decisão não cabe à Telefónica. "Eu já ouvi várias possíveis saídas, uma seria fatiar a empresa, e acho até que pode ser feito, mas precisa saber como isso vai ser feito", disse.

"Se a Telefónica não pode tomar decisões sobre a TIM, como vai fazer para discutir esse fatiamento? Vai ser o governo, o Cade, quem vai mandar fatiar?", questionou. Bernardo disse ainda que as atuais concorrentes no mercado do Brasil não podem comprar o controle da TIM. "Uma empresa simplesmente comprar acho que não pode. Só de ter interferência já é um problema, imagina comprar", declarou. O ministro das Comunicações garantiu ter ouvido especulações de que outros grupos que não atuam no País podem se interessar pela empresa. "Já ouvi dizer que tem outros players falando em entrar no negócio. Pode acontecer até de a TIM ser vendida para um terceiro."

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