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A IBM já foi escolhida pelo Departamento de Energia norte-americano para desenvolver um supercomputador baseado em Chip Cell. O Roadrunner – como já foi batizado – será capaz processar até 1,6 quatrilhão de operações por segundo (1,6 petaflops), o que lhe daria a posição até agora ocupada pelo Blue Gene no ranking dos mais velozes do mundo.

Enquanto a IBM trabalha com o Chip Cell, a Intel também mostra suas armas para o sonhado terreno da supercomputação. É na tecnologia de núcleos duplos e quádruplos que a Intel enfrentará a concorrência da IBM e da AMD rumo à supercomputação doméstica. Como ela não brinca em serviço, vem chumbo grosso por aí.

"Há dez anos, tínhamos um supercomputador com 9 mil processadores Pentium Pro que ocupava 500 metros quadrados e entregava 1,8 teraflops (1,8 trilhão de operações por segundo), gastando 120 mil watts de energia. Hoje, para entregar 1,8 teraflops usamos 44 processadores quadcore Intel Core 2 Dual ocupando uma área de 5 metros quadrados e gastando 10 mil watts", diz Marcel Saraiva, gerente de produtos de servidor da Intel.

Trocando em miúdos: os chips estão diminuindo, os processadores ganham mais núcleos em um espaço menor de corpo, gastando menos energia, o que pode sinalizar, para o futuro, a chegada da supercomputação no mercado doméstico.

"Mostramos no IDF (Fórum de Desenvolvedores Intel), nos Estados Unidos, em setembro, o protótipo de um único processador dotado de 80 núcleos capaz de chegar a 1 teraflop. A evolução do multicore [núcleos múltiplos] é inevitável. Hoje, já há desktops com processadores de quatro núcleos. A supercomputação é como a Fórmula 1 da indústria de hardware. A tecnologia que já foi empregada na supercomputação vai chegar um dia ao consumidor final", diz Saraiva.

A concorrente AMD não podia ficar de fora e também aposta na expansão da tecnologia multicore como aplicação doméstica de computação. Mas, de acordo com Roberto Brandão, gerente de tecnologia da AMD, outra tendência de aplicação de usuário final nesta seara é a virtualização – o usuário tira proveito de supermáquinas podendo acessar seu micro de qualquer lugar.

"O usuário já usa supercomputação quando, por exemplo, acessa a previsão do tempo. A AMD trabalha, hoje, num projeto modelo para fazer a supercomputação chegar ao usuário doméstico através da mobilidade, levando a máquina virtualmente para ele."

A empresa também aposta na miniaturização dos chips (para tanto, anunciou a adoção dos 65 nanômetros) e no aumento do número de núcleos. "Através dos 65 nanômetros, você trabalha com voltagem e aquecimento menores e, assim, consegue colocar mais transistores e, conseqüentemente, mais núcleos", diz Brandão.

Por falar em 65 nanômetros, a Intel vai lançar, ano que vem, chips com 45 nanômetros e, em seguida, 32. O espaço fica cada vez menor. A potência só aumenta.

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