Solução poderia devolver longas madeixas a quem perdeu o cabelo (ou parte dele)| Foto: AFP

Uma nova promessa de cura para a calvície acaba de ganhar os holofotes da indústria de beleza. A técnica envolve uma tecnologia de impressão 3D que fabrica folículos capilares capazes de se multiplicar, e está sendo desenvolvida pela L’Oréal. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

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A empresa de cosméticos fez uma parceria com a startup francesa de bioimpressão Poietis -- que tem expertise na fabricação de tecidos humanos -- para aperfeiçoar o sistema. Estes bioengenheiros pretendem usar o conhecimento da L’Oréal em cosméticos para produzir um folículo que faça o cabelo crescer.

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Isso, ao que tudo indica, seria mais prático do que os métodos atuais de transplante capilar (nesta cirurgia, o paciente retira uma faixa de tecido, geralmente da nuca, para reimplantá-la em áreas sem cabelo).

O sistema criado pela L’Oreal e Poietis inova em comparação aos já existentes por romper os limites dos padrões celulares (as células capilares têm estrutura bastante complexa; não são homogêneas).

Impressora 3D usada para a impressão dos folículos capilares; projeto é parceria da L’Oreal e da Poetis 

Para fazer esta quebra de padrão, uma máquina de impressão a laser produz tecido biológico e posiciona células usando a impressora 3D, com uma resolução na casa de 10 micrômetros (ou seja, extremamente precisa), conforme declaração da L’Oreal.

Funcionamento

A impressora dispara o laser em um cartucho contendo uma espécie de tinta, que na realidade é uma substância com células dos pacientes com alopecia. O laser lança uma corrente de células em um substrato coberto com nutrientes, que ajudariam a desenvolvê-las.

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Esse procedimento é executado em várias camadas até que algo similar a um folículo se forme. O tecido biológico, então, é maturado por aproximadamente três semanas antes de poder ser utilizado em testes.

Por enquanto, apesar de terem conseguido implantar o sistema, não há previsão de quando ele estará disponível ao público e nem de preço -- uma das questões envolvidas é se o método será mais barato do que os transplantes atuais, que costumam ser caros.

Colaborou: Cecília Tümler